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Enviada em: 10/09/2017

Transfobia: um problema secular    De acordo com a escritora nigeriana Chimamanda Adichie, o problema do gênero consiste em descrever como devemos ser, em vez de reconhecer quem somos. Dessa forma, diversos transgêneros são assassinados pelo preconceito que nega a sua existência. Isso é comprovado pelo número de trans mortos no Brasil constatado pelo grupo gay da Bahia. Faz- se necessário, portanto, refletir o papel ineficiente do Estado e a desinformação da sociedade.    Em primeiro plano, os crimes contra a população LGBT não são computadorizados pelas delegacias dos munícipios. Essa omissão permite que a violência contra essa minoria se perpetua. Diante disso, a ameaça constante da própria família e a falta de preparação de instituições sociais, excluem os transsexuais do meio social que, por sua vez, oferece o caminho da prostituição como única alternativa de vida.     Ademais, o que intensifica essa criminalização é a ignorância dos brasileiros na esfera da educação. Foi proposto o Kit gay nas escolas privadas e públicas e esse projeto foi criticado por muitas pessoas. Dessa maneira, por achar que esse propósito é uma influência negativa aos jovens, ele ficou estagnado no mundo das ideias. Sendo assim, a instituição escolar deixa de prover à juventude o respeito as diferenças e a descriminação continua.       Torna-se evidente, portanto, que por meio de medidas é possível à longo prazo mudar essa problemática. Logo o Governo Federal aliado à Ongs, deve criar uma secretária que registre crimes homofóbicos e o Legislativo deve recorrer a aprovação do projeto que criminaliza a homofobia. Urge, também, que o Ministério da Educação implemento o estudo de gênero e orientação sexual nas escolas. Dessa forma, parafraseando Mahatma Gandhi, o futuro dos transgêneros dependerá dos atos perpetrados pelo Governo e pela sociedade no presente.