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Enviada em: 18/10/2017

Na mídia norte-americana, a temática transgênero é muito discutida e presenciada em séries como “Orange is the new black” e “Sense8” na qual mostram o cotidiano dessas pessoas, suas dificuldades, lutas e preconceitos que vivem. Entretanto, apesar de serem ficcionais, tais programas midiáticos se refletem na sociedade brasileira atual. Neste sentido, nota-se que o preconceito contra pessoas travestis, transgêneros ou transexuais é resultado de uma sociedade patriarcal juntamente com a falta de normas governamentais.  Primeiramente, é preciso destacar que segundo a Constituição Federal de 1988, todos são iguais perante a lei, independente da cor, raça ou gênero. No entanto, os frequentes casos de intolerância de gênero mostram que essa minoria ainda não experimenta esse direito na prática. Segundo dados do Grupo Gay da Bahia, em 2014, a cada 27 horas um brasileiro é morto por ser LGBT. Dessa forma, o pensamento preconceituoso de que esse grupo é ‘’anormal’’ é perpetuado por gerações propagando um fenômeno chamado fato social e que deve ser modificado.  Além disso, é importante destacar que a discriminação de gênero ainda não é considerado crime de ódio no Brasil: não é sobre ter a liberdade de expressar um descontentamento ou criticar a identidade gênero do outro, mas sim a tentativa de imposição, a partir da agressão, de entendimentos pessoais do agressor acerca do assunto em detrimento dos julgamentos individuais do outro sobre o que ele acredita ser certo ou errado. Tal visão etnocêntrica tem como causa a falta de empatia e somado a falta de leis, colabora para violência verbal ou física desse grupo social.  Fica evidente, portanto, que o combate é de suma importância para que se assegure os direitos desses cidadãos e, por conseguinte, seu bem-estar. Para isso, é preciso que o Governo Federal em parceria com as delegacias de denúncia, crie uma lei que proteja essa minoria e investigue e puna os agressores de forma adequada. E juntamente com o apoio do Ministério da Educação e instituições educacionais devem promover campanhas contra condutas de intolerância gerando debates, aulas temáticas, informando seus alunos sobre o tema e desconstruindo preconceitos desde cedo para que esse fato social que é perpetuado por gerações possa de fato ser transformado . Assim, o respeito será base para a construção de um Brasil mais tolerante e preocupado com a garantia dos direitos humanos de sua população.