Enviada em: 14/09/2017

Em O Cortiço, de Aluisio Azevedo, a personagem Albino enfrenta problemas por consequência de sua opção sexual. Fora dos livros, no Brasil, a transfobia é um assunto pertinente. Isto é, a sociedade ainda usa padrões antigos de caracterização, fazendo com que esses indivíduos, optantes pelo sexo preferido, sofram por exclusão social e violência, sendo necessário medidas para combater esse problema.       No período feudal, na Europa, manifestar uma afinidade sexual diferente da estabelecida como "padrão" era ato de pecado, levando, porventura, os indivíduos a serem exilados ou presos. Não obstante, esse fato ainda pode ser percebido hodiernamente. Em entrevistas de emprego, por exemplo, certos empresários e administradores proíbem a integração de LGBT's no seu meio intelectual, recusando vagas de trabalho, contribuindo assim com a proliferação da exclusão desses grupos, como relatava Cazuza "O futuro repetindo o passado". Dessa forma, é mister do Governo agir para combater esse empecilho.       Nesse ínterim, segundo dados divulgados pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), 343 LGBT's foram assassinados no Brasil em 2016. Isso corrobora o fato de que o preconceito à essa classe afeta proporcionalmente na vida desses indivíduos. Além disso, grande parte dos agressores, por vezes, saem impunes de seus atos, reforçando ainda mais o crescimento dessa brutalidade, haja vista que a cada 25 horas um integrante morre no país. Contudo, é dever das corporações policiais tomarem providências.       Infere-se, portanto, da necessidade do combate à transfobia no brasil. O Governo, por meio do Ministério da Justiça, deve criar e reformular leis que deem liberdade de inclusão aos transexuais no ambiente de trabalho, impondo percentuais de vagas por estabelecimento. Segundo Jean-Paul Sartre "A violência é sempre uma derrota". Logo, é dever da polícia nacional, estabelecer, em regiões de índice de agressão elevado, guardas e centros de denúncia, para que os agredidos possam recorrer a esses em busca de ajuda.