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Enviada em: 15/09/2017

Durante a Segunda Guerra Mundial o desenvolvimento de técnicas cirúrgicas foi aprimorado, infelizmente, devido aos altos números de mutilações e pelos testes feitos em judeus pelos alemães. Devido a isso processos como a troca de sexo e tratamentos hormonais são possíveis hoje. No Brasil, ainda que sejamos o país da diversidade graças a miscigenação de raças e culturas em nossa formação, a transfobia, tanto para com transexuais, aqueles que já passaram pela operação, quanto para com transgêneros, aqueles que possuem sexo biológico diferente do mental, está perpetuada em discursos de ódio virtuais e nas ruas com os elevados índices de casos de crimes contra esse grupo.       Em primeiro plano, as redes sociais permitem espaço para divulgar e, assim, aumentar os discursos de ódio disfarçados de opinião. Esse fato fica evidente nas páginas de pessoas influentes hoje, como o deputado federal Jair Bolsonaro, que está ganhando mais adeptos a cada dia e que faz uso delas para disseminar palavras de intolerância, desconstruindo aquilo que já foi conquistado por grupos LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) e impossibilitando a total aceitação pela sociedade dessas minorias. A exclusão social gera a marginalização desse grupo, impedindo-os, muitas vezes, a sua inserção do mercado de trabalho e, assim, buscarem a prostituição em cerca de 90% dos casos, como mostra pesquisa do ANTRA (Associação Nacional de Travestis e Transexuais).    Além da questão socioeconômica, a intolerância acarreta na violência contra os transexuais e transgêneros, tanto na rua quanto dentro de casa. Isso fica claro nos dados da Secretaria de Direitos Humanos (SDH) que revelam que, em 2014, foram registradas pelo canal de denúncias "Disque 100", quase 2 mil agressões, nas quais uma em cada seis era feita por parentes das vítimas. Felizmente nem tudo está perdido, pois a internet possibilita a esse grupo o ganho de visibilidade para se manifestar e se realocar na sociedade, ainda que de forma lenta, como mostra Amanda, dona do canal no Youtube "Mandy Candy", no qual revela ser uma mulher que trabalha e busca pelos seus objetivos de vida. Além dela, Pablo Vittar também tornou-se famosa graças a rede e hoje está entre uma das cantoras mais famosas brasileiras, o que não a exime dos comentários maldosos e odiosos em cada publicação, mas já é um passo para a vitória na conquista de direitos e respeito para essa minoria.       Em suma, é preciso conter o problema. Para isso, ao Governo Federal cabe investir em leis mais severas para crimes de intolerância, com penas mais longas e palestras e tratamentos psicológicos com psicólogos e médicos em período de estágio. Além disso, é dever das escolas prepararem a educação para inserir esse novo público, evitando a diferenciação de gênero, visando a inclusão de todos, como dia da família, ao invés de dia dos pais/mães, além de evitar a segregação das cores.