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Enviada em: 16/09/2017

As atitudes ou sentimentos negativos em relação as pessoas travestis ou transexuais denomina-se como transfobia. Esse conceito surgiu após a morte de Rita Hester, uma mulher transgênera e negra assassinada nos Estados Unidos. Assim, no brasil, esse conceito encontra-se em evidência, pois o crescimento das agressões contra essa parcela da população demonstra um retrocesso social em direção ao tradicionalismo machista.    Diante disso, a conquista da liberdade ainda não foi efetivada com êxito, já que a ideia de que meninos joguem bola e meninas brinquem de bonecas é persistente no convívio social. Assim como a homofobia, a transfobia não é reconhecida como uma ilegalidade, mas seus atos como por exemplo as agressões físicas, verbais e psicológicas, podem ser punidos pela legislação vigente. Em virtude dos fatos, a transfobia alastra-se para todos os setores sociais, devido às doutrinas religiosas, culturais e a persistência do machismo na sociedade contemporânea. Desse modo, o tradicionalismo existente ocasiona um isolamento social, frustações e, até mesmo, o suicídio pelas vítimas.    Nessa perspectiva, devido à cultura heteronormativa da sociedade, esse grupo de indivíduos enfrentam atitudes de preconceitos e discriminação por aqueles que sentem aversão ao diferente do tradicional. Além disso, as atitudes desrespeitosas em relação a escolha sexual impedem que essa parcela da sociedade entrem para o mercado de trabalho, sendo necessário usar a prostituição para a aquisição de renda. Ademais, segundo o Grupo Gay da Bahia (GGB), a cada 28 horas um LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgênero) morre por meio de tiros, facadas, asfixia e espancamento. Dessa forma, a ausência de políticas inclusivas contribui para a exclusão social.    Nesse sentido, torna-se notória, portanto, a necessidade de união entre as Organizações Não Governamentais e a mídia para a realização de campanhas que incentivam a denúncia dos atos de transfobia na sociedade, a fim de punir os agressores. O Ministério da Educação deve formular uma nova disciplina, para os alunos do ensino fundamental e médio, que aborde questões sobre a identidade de gênero, a fim de esclarecer as dúvidas dos jovens sobre esse assunto. E, por fim, as polícias, rodoviária e federal, devem fiscalizar o cumprimento das leis que asseguram os direitos de liberdade de expressão e de ir e vir do cidadão, punindo aqueles que praticarem atos prejudiciais à ordem social.