Materiais:
Enviada em: 30/09/2017

Etmologicamente, a palavra transfobia significa uma série de pensamentos e atitudes negativos em relação à pessoas transexuais e transgêneros. Esse comportamento intolerante dirigido a esse público, pode ser explicado por meio de uma sociedade extremamente patriarcal e preconceituosa, o que leva ao crescente número de crimes contra essas  minorias sexuais. Nesse contexto, deve-se analisar como o patriarcalismo e a discriminação causam a transfobia em questão no Brasil.  Lançado em 2012, "Viagem Solitária", a primeira autobiografia de um trangênero no Brasil, conta relatos de sua transição e sua defesa na perspectiva de que a misogenia - repulsão às mulheres - é a origem da transfobia. Isso acontece, porque ainda na sociedade atual, as mulheres são vistas como seres subjulgados e subalternos, enquanto os homens são considerados superiores. Nese sentido, o maior insulto à um homem é ser comparado a uma mulher, é nesse aspecto que a misogenia contribui para o surgimento da transfobia. Um homem, por exemplo, não pode ter comportamentos delicados e nem ser sentimental que rapidamente são taxados de "mulherzinha" e em consequência disso, são desvalorizados e sentenciados a gay.  Além disso, nota-se ainda que o preconceito também é responsável pela manutenção da transfobia. Isso porque, a falta de conhecimento gera certos tipos de pesamentos, como defendeu o sociólogo Pierre Bourdieu: toda sociedade incorpora os padrões sociais impostos e os reproduz ao longo das gerações, e assim  acabam se enraizando na própria formação cultural das pessoas,  o que condiciona a entenderem a transexualidade como um mero capricho em que uma pessoa simplesmente tenha decidido  mudar de sexo. Por consequência  disso, o preconceito cega grande parte dos indivíduos fazendo com que muitos passem a emitir discursos de ódio e violencia contra  as pessoas transexuais. Exemplo disso, é o aumento significativo no percentual de mortes desses indivíduos.  Torna-se evidente portanto, que a transfobia deve ser combatida. Em razão disso, a Secretaria de Direitos Humanos em parcerias com ONGs deve disseminar debates e paletras realizadas por psicólogos com intuito de desconstruir o machismo e essa sociedade patriarcal tão enraizada na população.  Além disso, o Ministério da Comunicação deve criar propagandas mostrando os prejuízos causados àqueles que sofrem com a transfobia e divulgar o crescente número de assassinatos a esses grupos. E por fim, o próprio indivíduo deve realizar uma auto-avaliação  e mudar seu comportamento, buscando meios para o conhecimento, assim as diferenças sempre serão respeitadas.