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Enviada em: 20/09/2017

Com o advento da Internet, as informações se disseminam de forma extremamente rápida. Diante disso, a parada gay realizada na Avenida Paulista na cidade de São Paulo, deixou de ser um evento com visibilidade regional e expandiu o debate para todo país. Todavia, essa discussão, em sua maioria, envolve discurso de ódio contra a comunidade LGBT (Lésbicas Gays Bissexuais e Transgêneros), o que favorece a violência contra esses e sua marginalização perante à sociedade.       Em uma primeira análise, pode-se inferir que a repulsa por parte da sociedade civil aos LGBTs advém de uma estrutura social, cuja o alicerce se faz do conservadorismo. Nesse sentido, o ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela, disse que uma sociedade não nasce odiando um grupo, mas que aprende. Com isso, os preconceitos e discursos de ódio são passados através das gerações, como o grito "bicha" aos goleiros que se popularizou nos estádios de futebol após a copa do mundo de 2014, pois o ambiente reuni diversas gerações.       Em uma análise mais profunda, é possível destacar que como consequência do ódio ocorra a marginalização da comunidade LGBT. Nesse aspecto, Immanuel Kant, filósofo alemão, discorre em sua obra "Crítica à Razão Pura" que o processo de desumanização do indivíduo se dá pelo afastamento de sua capacidade de expressar racionalidade, isto é, representar suas necessidades e direitos. Assim, tal grupo ao ser segregado, na visão kantiana, perde sua humanidade e que por isso se torna alvo de violência.       Portanto, é imperioso destacar as notícias que fomentam o debate da transfobia. Destarte, para que violência contra os LGBTs seja diminuída cabe ao STF debater a incorporação à constituição uma lei que ampare essa comunidade em específico, assim como a lei antirracismo e feminicídio. Ademais, a parceria entre ONGs e a comunidade se mostra imprescindível, para prestar amparo psicológico a esse grupo e promover palestras em escolas a fim de construir uma sociedade civil mais empática.