Materiais:
Enviada em: 21/09/2017

As novelas brasileiras sempre trazem em sua trama questões pertinentes na sociedade que precisam ser debatidas. Destarte, a novela Força do Querer trouxe a personagem Ivana que apesar de ter nascida mulher não se reconhece neste gênero, ou seja, é um transexual. A história de Ivana, embora fictícia, relata o drama da descoberta, as transformações e principalmente o desconhecido das outras pessoas sobre seu estado e o preconceito sofrido por ela. Essas questões trazem à tona a realidade massacrante que ainda é vivida, diariamente, pelos transexuais em nossa sociedade.   Segundo pesquisas, a cada 25 horas um LGBT (lésbica, Gay, Bissexual e Transexual) é assassinado brutalmente no Brasil vitima de LGBTfobia. Um exemplo foi o caso da “travesti” Dandara, seus assassinos fizeram questão de gravar o ato de espaçamento em via pública e depois a mataram com um tiro. O vídeo rapidamente viralizou nas redes sociais, onde muitas acharam abominável tal ação enquanto outros aprovaram o feito. Esta ação traz a contemporaneidade o conceito de Thomas Hobbes a respeito das relações humanas, segundo ele, o homem é o lobo do próprio homem e cabe ao Estado preservar a humanidade da convivência entre nós, por conseguinte, estaria o Brasil protegendo os LGBTs? Por que não tem Leis que os protegem, já que infelizmente é uma minoria marginalizada que sofre preconceito e violência constante?   Ademais, o Brasil, apesar de um país livre, democrático e laico é o mais perigoso para um LGBT viver, mata-se aqui mais que nos 13 países do Oriente e África onde há pena de morte contra os LGBTs. Isto se da pelo fato da bancada religiosa no congresso brasileiro barrar todas medidas e leis que visam assegurar direitos, proteção e igualdade aos LGBTs, porque segundos suas doutrinas religiosas a homossexualidade é um pecado, o que contribui para aumentar ainda mais os casos de violência e LGBTfobia na sociedade brasileira.   Portanto, é claramente visível a necessidade do Estado combater a transfobia, ou seja, a LGBTfobia e assegurar o contrato social, seguindo a perspectiva hobbeniana, entre os homens. O Ministério da Educação juntamente com o terceiro setor – constituído de entendidas que buscam assegurar os direitos dos Lgbts - devem estimular palestras, aulas destinadas ao esclarecimento sobre identidade de gênero, sexualidade e orientação sexual, ministradas por psicólogos e especialistas, que possam frisar a necessidade de respeitar as diferenças entres homens. Outrossim, os representantes do Poder Legislativo devem aprovar a lei que coloca a homofobia no patamar de outros crimes como racismo. Consequentemente, com a criação da lei os homofóbicos poderão ser punidos severamente e serviram de exemplo para não ocorra o surgimento de outras Dandaras ou qualquer outro tipo de preconceito.