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Enviada em: 23/09/2017

Ainda no século XXI, há uma certa forma de determinismo biológico, contrariando a célebre frase de Simone de Bounvouer; "Não se nasce mulher, torna-se mulher.'. Nesse sentido, é cabível afirmar que a transfobia está enraizada na nossa sociedade, tendo em vista o grande preconceito estatal e social para com essa parcela da sociedade e a falta de uma educação inclusiva e libertadora.   O preconceito estatal e social está, indissociavelmente, ligado aos altos índices de assassinatos com cunho transfóbicos e, também, com a esmagadora maioria de mais de 90% (porcento) das travestis que estão fora do mercado do trabalho e, por consequência, acabam tendo que sucumbir ou ao crime, ou á prostituição. vale ressaltar o pensamento do Sociólogo Pierre Bordieu: A opressão simbólica não está somente no embate físico, mas também na perpetuação dos preconceitos contra um ser humano ou um grupo social.   Aliado a isso, temos uma educação que não disponibiliza um ensino libertador que quebre, de certa forma, com esse determinismo biológico, imposto, principalmente, por dogmas religiosos, que reafirmam a ideia do gênero estar, estritamente, ligado ao sexo (macho ou fêmea). Como já dizia o político e ativista social Nelson Mandela: "A educação é a maior arma que a gente pode usar para mudar o mundo."   Cabe ao poder legislativo criar leis que obriguem as empresas a manter metas de transexuais contratadas e cotas para adesão das mesmas no ensino superior e a implantação da educação de gênero nas escolas, somado à isso, cabe ao ministério da cultura, criar pontos de cultura com palestras e programas didáticos sobre o referente tema, para educar e preparar as pessoas para lidar não só com os transgêneros, mas também com qualquer outra minoria da sociedade, afinal, como já afirmava Platão: "Não basta apenas viver, mas viver bem."