Materiais:
Enviada em: 23/09/2017

Com o advento do meio técnico-científico informacional se tornou mais fácil o acesso a informação e a disseminação de ódio e preconceito deliberado sobre o grupo LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais). Em 1979, a Associação Americana de Psiquiatria tirou a homossexualidade da sua lista oficial de doenças mentais. Porém, mesmo com o advento de certas conquistas, a discriminação persiste na nação - devido a exiguidade de leis e a inconsciência moral e ética da população.  Em ótica inicial, vale ressaltar a história de Madame Satã, uma drag queen brasileira que foi presa diversas vezes por combater a injustiça contra sua classe no Rio de Janeiro, em 1960. Nesse contexto, hodiernamente, ainda há crimes de ódio e transfobia por boa parte dos indivíduos, sem que haja punições efetivas, suscitando o sentimento de impunidade na mente do "precursor" da violência. Assim, a continuidade do ato ilegal resulta, muitas vezes, na morte de homossexuais.  Diante do exposto, nota-se que a falta de impunidade, ausência de legislação, discriminação e o preconceito generalizado corroboram para a exclusão e a reles igualdade de direitos no meio social. Como já dizia Hannah Arendt, "O homem abstrato, titular de direitos inalienáveis, não existe em parte alguma do mundo. Em tese. O que há são homens concretos que tem seus direitos desrespeitados.   Assim sendo, é insofismável afirmar que a transfobia é resultante da derrocada de muitos valores em uma sociedade conservadora. Logo, o Estado deve focalizar esforços nesse cenário, com a criação de leis que criminalizem os delitos de caráter homofóbico. É imprescindível também a implementação de delegacias especializadas nessa área. Ademais, a família e a escola, devem ensinar seus discentes sobre o respeito as diversidades. Assim, educando as crianças de hoje, não será preciso punir os adultos do futuro. Afinal, Machado de Assis estava certo ao proferir que "O menino é o pai do homem".