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Enviada em: 24/09/2017

"Todo homem nasce livre e igual perante à lei. Esse é o direito mais básico assegurado pela Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão. Entretanto, é inquestionável que a transfobia no Brasil é uma prova de que até as liberdades individuais mais fundamentais não são acessíveis a todos, já que na prática a falta de amparo legal para crimes contra LGBT e o desconhecimento das causas desse grupo pela população são obstáculos para a igualdade.       Nesse sentido, a impunidade ainda incentiva o genocídio das minorias. Por esse viés, o conservadorismo da nossa sociedade somado ao desinteresse dos políticos em trazer à tona o debate de leis pautadas em assuntos considerados tabus por parte da população (sob a ameaça de perder votos e apoio partidário) faz do nosso país um campeão: somos a nação com mais crimes contra as minorias sexuais. Afinal, por que lutar pelos direitos das minorias em projetos considerados polêmicos se é pela maioria que se é eleito na próxima eleição?       Além disso, ainda há desconhecimento por parte da população de quem são os LGBT. Com isso, a falta de informações promove o preconceito contra esses grupos, que desamparados pelo Governo e humilhados pelo grande público, são cada vez mais isolados para a marginalidade social, na desproteção da ética e da justiça. O resultado disso é a morte de um LGBT a cada 25 horas.        Assim,é necessário que ONGs relacionadas aos direitos humanos, em parceria com as mídias, promova campanhas publicitárias que divulguem as dificuldades enfrentadas por grupos LGBT na luta por seus direitos e pela aceitação social. Além disso, cabe ao Poder Legislativo fazer valer o seu papel de lutar pela ética e pela igualdade dos cidadãos com a criação de leis que equiparem judicialmente crimes de origem homofóbica com àqueles de origem racial, por exemplo. Afinal, como dissera Martin Luther King: o que mais preocupa não é o grito dos violentos, mas o silêncio dos bons.