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Enviada em: 26/09/2017

A transfobia pode ser definida como uma aversão, discriminação ou uma série de atitudes negativas em relação às pessoas transexuais e transgêneros. No Brasil, atualmente, esse preconceito representa um fato social e um desafio de caráter inercial. Seja pela lenta mudança da mentalidade social, seja falta de práticas governamentais.       É indubitável que o raciocínio popular está entre as causas do problema. Segundo Émile Durkheim, o fato social é a maneira coletiva de agir e pensar, dotado de generalidade, coercitividade e exterioridade. Sendo assim, observa-se que a transfobia se encaixa na teoria do sociólogo, uma vez que, se o indivíduo vive em um meio que defende esse comportamento, ele tende a ter a mesma conduta, aumentando os índices de intolerância e impossibilitando uma nova forma de pensamento.       Outrossim, a carência de ações do Estado impulsiona a discriminação de transgêneros e transexuais. Segundo a revista Veja, cerca de 350 lésbicas, gays, bissexuais e transexuais (LGBT) foram assassinados no Brasil em 2016, dos quais, a minoria dos delitos foi punida. Dessa forma, percebe-se a ineficácia do Governo, permitindo, assim, que mais crimes ocorram, haja vista que, por ser um fato social, a falta de penalidades pode gerar mais transgressões.       Conforme diz Newton, um corpo tente a permanecer em seu estado até que uma força atue sobre ele. Desse modo, portanto, é necessário que o Poder Executivo aplique, efetivamente, as leis que dizem repeito à intolerância e à violência, física ou moral, a todos os indivíduos, visando diminuir os delitos transfobicos. A mídia, por sua vez, deve inserir em sua programação, filmes e novelas, casos onde as personagens interpretem LGBTs, a fim de informar e mobilizar a sociedade e, principalmente, fazê-la atuar como a força que modificará o estado inercial da transfobia.