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Enviada em: 27/09/2017

O súbito aumento nos índices de violência revela o estado deprimente que envolve as questões de gênero no Brasil. O conservadorismo aliado à ignorância da sociedade brasileira representa, de fato, um fator paralisante das liberdades individuais e do progresso social no país.          Os movimentos defensores das minorias LGBT ganharam força no final do século XX. Na década de 80, vários artistas tornaram-se grandes representantes dessas minorias, e essas, consequentemente, encontraram o bastião da resistência ao preconceito. Entretanto, no início do século XXI, os índices de mortalidade de integrantes dessas minorias dispararam violentamente.        Esse aumento significa, expressivamente, que grande parte da sociedade brasileira encontra-se perdida entre o preconceito e à intolerância. Essas características podem ser atribuídas à falta de conhecimento sobre as questões de gênero, à pouca participação do Governo na difusão da educação social e no combate ao preconceito.         Além disso, o conservadorismo modula uma estrutura arcaica e inflexível da sociedade brasileira. Luiz Mott, antropólogo ativista da causa LGBT, afirma que grande parte desses conflitos encontram sustentáculo na ignorância governamental de não reconhecer esse tipo de conduta como crime de ódio. Logo, o que resta desse cenário é o profundo agravamento da violência contra essa população e a aparente estabilidade dessa mazela social representante do retrocesso no país.             Sendo assim, cabe ao Governo, face ao exposto, uma ação eficiente no combate ao preconceito com relação as questões de gênero no Brasil. Políticas de conscientização e de apoio as minorias, encabeçadas pelo Estado, podem transformar a consciência social no sentido de esclarecer essas questões. Somado a isso, tratar como crime de ódio a ação preconceituosa contribui para efetuar o papel da Justiça, executando, significativamente, a dissolução dos conflitos de gênero no país e o início da evolução e do progresso social no país.