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Enviada em: 04/10/2017

Vivemos em uma sociedade onde poucas pessoas possuem senso crítico e capacidade de reflexão sobre determinado assunto. Desse modo, muitas pessoas sofrem discriminação, principalmente as que possuem identidade de gênero diferente, como os transexuais. Esses indivíduos são humilhados e chegam a sofrer agressão física, por outras que se sentem superiores e acabam causando-lhes perda de auto estima e diminuindo a produtividade destas.     Do período colonial até os dias atuais já se passaram mais de 500 anos, o mundo evoluiu tecnologicamente, mas infelizmente trazemos ainda muitas raízes que nos fazem retroceder a um passado cruel, o que nos faz pensar, a que ponto evoluímos. Diariamente, milhares de transexuais são vitimas de violência no Brasil, principalmente nos diversos centros de ensino do país, onde se estabelece uma hierarquia, em que estudantes de má conduta ficam num patamar superior a outro com aparências e gostos análogos aos seus, na maioria das vezes, são pessoas que não conhecem o assunto e tem dificuldade de compreender que um indivíduo pode nascer no corpo de uma pessoa de um gênero diferente do que ele percebe e vivencia como seu.      Segundo dados da ONG Transgender Europe, o Brasil matou ao menos 868 travestis e transexuais nos últimos oito anos, o que o deixa, disparado, no topo do ranking de países com mais registros de homicídios de pessoas transgêneras. Entretanto, a discriminação não vem só de pessoas desconhecidas, a família também é principal motivadora desse preconceito, esse fato pode trazer sequelas nas vítimas para a vida toda , além de doenças como a depressão e até suicídio, a exemplo, o caso do jovem Nicholas Domingues, que cometeu suicídio, após publicar um texto em sua rede social, dizendo que sofria com o preconceito de professores que insistiam em chamá-lo no feminino, assim como da sua própria família.      Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. De acordo com o filosofo Immanuel Kant, o ser humano é aquilo que a educação faz dele, sendo assim, imprescindível que o Ministério da Educação invista em eventos e palestras nas instituições de ensino e nas comunidades, com a participação de profissionais capacitados - como psicólogos e médicos- e da família, a fim de conscientizar a população. Ademais, governo, aliado a mídia deve promover campanhas de abrangência nacional como forma de estimular o respeito às diversidades, além de criar de leis que criminalizem os delitos de caráter homofóbico e implementação de delegacias especializadas nessa forma de agressão.