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Enviada em: 20/10/2017

No ano passado, um estudante transsexual foi agredido e teve a perna quebrada durante a virada cultural no interior de São Paulo, de acordo com o portal R7. Esse é um dentre os vários casos de transfobia que ocorrem diariamente no Brasil, levando a um debate de como a transfobia poderia ser sanada no Brasil. Porém, pouco se é debatido em função de uma posição conservadora da sociedade, em que transsexuais e travestis tem pouca representatividade nos variados setores de trabalho, além de uma falta de ensino nas escolas do país, sobre os gêneros sexuais presentes no século 21.   Em  detrimento disso, esse debate em sala de aula é quase nulo nas escolas brasileiras, visto que uma parcela da sociedade conservadora denomina esse debate por "ideologia de gênero", o que é uma denominação equivocada e preconceituosa, pois não há um "ideologia" e sim, um debate entre os alunos sobre a melhor forma de respeitar aquele que possui uma opção sexual diferente da sua. Logo, com a falta de diálogo sobre gêneros nas escolas, a criança não aprende sobre a igualdade entre os sexos e pode vir a tornar-se um transfóbico futuramente. Um exemplo disso, é visto na notícia que o Brasil é o país que mais mata travestis e transsexuais, de acordo com o Data Folha.    Além disso, existe uma falta de representativa de pessoas trans na mídia, nas universidades e no trabalho. Uma vez que, grande parte da população tem aversão a essas pessoas no país, e consequentemente não contrata elas para dar aulas, estrelar um comercial ou para trabalhar em algum setor. Com isso, transsexuais e travestis ficam desempregados, passam dificuldades diárias e ainda tem que lidar com o preconceito, detrimento dessa falta de espaço dado a eles. Tal fato pode ser visto na série Orange is The New Black, em que uma personagem trans é demitida de seu trabalho de bombeiro, por tornar-se trans.     Em vista disso, para que a transfobia no Brasil seja debatida com maior frequência, é necessário que o MEC juntamente com o Ministro da educação inclua o debate sobre gêneros sexuais nas grades escolares brasileiras, por meio de jogos, livros didáticos e documentários sobre o tema exibidos em sala de aula. Outrora, é preciso que redes de comunicação midiática incitam propagandas ou filmes que hajam personagens trans em suas grades. Além do mais, o Ministério do Trabalho precisa criar uma lei, em que haja um sistema de cotas para pessoas trans no mercado de trabalho e que um fiscal supervisione as entrevistas de emprego, para ver se realmente o critério de desempenho está sendo avaliado na entrevista ou se é mais um caso de transfobia. Assim, o combate a transfobia no pai´s estará em  voga e o número de vítimas desse preconceito diminuirá.