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Enviada em: 13/10/2017

Cultura do preconceito        A moral brasileira ligada ao catolicismo resulta na marginalização dos transexuais. Normalmente, essa ala da sociedade encontra diversos problemas no mercado de trabalho. Além disso, a falta de informações sobre os LGBTsQ abre espaços para a discriminação e a violência.        É inegável que grande parte da população é leiga sobre tal tema. Se você chegar nas ruas e perguntar para as pessoas, a diferença entre travestis e transexuais, eles não saberão a resposta. Essa cultura do desconhecimento permite que a população não tenha empatia com os trans e não se choquem quando há violência. É por isso que se mata mais trans no Brasil que em 13 países do Oriente Médio e África.        Outro grave problema é a inserção dessa população no mercado de trabalho. Conforme são discriminadas, elas não conseguem emprego e, normalmente, não são acolhidas pela família. Nesse aspecto, o programa A liga da Band mostrou a dificuldade de uma professora trans de conseguir o emprego. Vários pais queriam tirar os filhos da escola depois que souberam da educadora. Infelizmente, o caminho mais provável é a prostituição. Conforme relatado no site Bhaz, os transexuais sofrem com as péssimas condições de trabalho, a ausência do poder público no custeio de medicamentos durante a transição e o medo de sofrerem violência.        Diante do exposto, é evidente a necessidade de uma mudança cultural e de políticas públicas. Posto isso, cabe ao Ministério da Saúde garantir o tratamento durante toda a troca de sexo, pois diversos trans arriscam a vida em clínicas particulares, acabam morrendo ou sofrem com doenças que mutilam a parte íntima do corpo. Ademais, a Polícia Civil deve criar uma ouvidoria anônima, tal como uma delegacia especializada, de modo a incentivar denúncias em prol do combate ao problema abordado.