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Enviada em: 14/10/2017

Segundo o filósofo Habermas, a sociedade é dependente de uma crítica às suas próprias tradições. Isso se torna evidente a partir de uma série de atitudes ou comportamentos negativos contra pessoas transexuais, travestis ou transgêneros. Em decorrência principalmente de uma sociedade patriarcal e machista bem como pelo histórico de impunidade dos crimes ocasionando diversos prejuízos para a vítima. Nesse sentido, é necessário assegurar às pessoas trans a garantia dos seus direitos a fim de desmistificar antigos pensamentos.    Observa-se que no decorrer da história diversas denominações foram usadas para identificar a homossexualidade, refletindo o caráter preconceituoso das sociedades que cunharam determinados termos como: pecado mortal, perversão sexual, aberração. Sendo assim, percebe-se que a imutabilidade de pensamentos da sociedade está intrinsecamente ligada às raízes conservadoras de uma população que discrimina as minorias fazendo com que a transfobia seja vista sobre a óptica de uma patologia, submetida a olhares críticos e terapias e tentativas de “cura”.   Outrossim, refere-se a ausência de leis que protejam e busquem a punição contra crimes de ódio aos transgêneros que acabam sendo marginalizados em empregos ou em locais abertos e até mesmo recebendo críticas nas ruas sendo perseguidos e no pior dos casos acaba levando ao óbito. Prova disso, é que segundo o Grupo Gay da Bahia em 2014, a cada 27 horas um brasileiro é morto por se LGBT. Tal situação só reforça o quão preconceituoso é o país e a ineficácia das leis corrobora a sua manutenção.    Fica claro, portanto, que a transfobia é um problema enraizado na sociedade que precisa ser combatido. Dessa forma, a comunidade LGBT deve pressionar o Poder Público, para a criação de leis que criminalizem os delitos de caráter homofóbico, além da criação de delegacias especializadas. A mídia poderia atuar na divulgação de campanhas que vise a divulgação dos direitos humanos, além do incentivo as denúncias a fim de minimizar os crimes. Por fim, a escola deve combater a violência desde cedo seja ela verbal, psicológica ou física por meio de debates e aulas que valorizem o respeito e a diversidade. Quem sabe assim, uma ação conjunta entre a população e o poder público o país alcance a verdadeira posição de um Estado Democrático de Direitos.