Enviada em: 22/10/2017

Segundo a (ONG) Transgender Europe, o Brasil é o país que mais registra assassinatos de transexuais no mundo. Além disso, dados do (IBGE) apontam que a expectativa de vida de uma pessoas trans no Brasil é de 35 anos , enquanto a expectativa do país é de 75,5 anos. Esses dados demonstram a intolerância da  sociedade, que deve ser combatida.         Segundo o historiador , Leandro Karnal à sociedade brasileira tem raízes falocêntricas, uma convicção baseada na superioridade masculina. Sociedade esta que denomina como positivo todos os animais masculinos, como: "tigrão" e "garanhão" e pelo feminino o pejorativo: "galinha" e vaca". Indubitavelmente, essas atitudes refletem o machismo e o preconceito que estão presentes no Brasil, desde a sua colonização, na qual os padres jesuítas reprimiam os nativos, convencionando como "certo", apenas o catolicismo e a heterossexualidade, perpassando a ideia de que as  orientações sexuais que fogem do padrão patriarcal , são aberrações.                   Nesse contexto, o sociólogo Zygmunt Bauman defende, em sua obra "Modernidade Líquida", que o individualismo é uma das principais características da pós modernidade e, consequentemente, parcela da população tende a ser incapaz de respeitar as diferenças, impulsionando a intolerância. Por conseguinte, outro fator que dificulta a vida das pessoas trans é o fato de poucos hospitais do (SUS) fazerem a cirurgia de transição de sexo. Ademais, estes têm dificuldade para legalizar seu nome social, visto que, para mudá-lo , todo o seu histórico escola é apagado, dificultando a conquista de empregos e enaltecendo a exclusão social.                Urge, portanto, que o Ministério da Educação, estabeleça condições de igualdade para todos as formas de orientações sexuais, incorporando debates sobre as questões de gênero, bem como, atividades em equipe sobre sexualidade, que serão exibidas, por meio da mídia, em todo o país, visando o respeito. Outrossim, o Governo Federal deve criar leis ue criminalizem a transfobia, afinal, como dispõe a Constituição Federal "Todos são iguais perante a lei,sem distinção de qualquer natureza."