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Enviada em: 24/10/2017

A novela "A Força do Querer", da rede globo, trouxe para o horário nobre da televisão o debate sobre os transgêneros e as dificuldades de sua aceitação na sociedade, deviso a discriminação e a ignorância a respeito do assunto. Fora das telenovelas, a transfobia (série de atitudes ou sentimentos negativos em relação às pessoas travestis, transexuais e transgêneros) é uma realidade no Brasil, fazendo-se necessário medidas que diminuam tal problemática.  Em primeiro lugar, é preciso ressaltar o preconceito e a discriminação vivida por esses grupos. Essas pessoas sofrem constantemente com agressões verbais e físicas, devido a não aceitação do que é considerado diferente dos padrões da sociedade, podendo em muitos casos, ser vítimas até mesmo de assassinato. Prova disso está na pesquisa feita pela ONG Transgender Europe, na qual o Brasil é o país que lidera no índice de homicídios a travestis e transexuais. Notícias como essas, causam um sentimento de medo e insegurança, trazendo como efeito, problemas psicológicos nesses indivíduos, como: depressão, crises de pânico e pensamentos suicidas, mostrando o quanto é preocupante essa situação.  Além disso, o desconhecimento e a incompreensão corroboram para a exclusão dos trans na coletividade. Apesar de existir uma comunidade gigantesca de LGBTs (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transgêneros e Transexuais), o assunto é pouco tratado na mídia, favorecendo a ausência de conhecimento a respeito de quem são e as dificuldades que enfrentam. Isso se torna um obstáculo para a inclusão - tanto na escola quanto no mercado de trabalho formal - desse grupo. Com isso, acabam se apoiando na informalidade e na prostituição (90% estão se prostituindo no Brasil, segundo a Associação de Travestis e Transexuais), caracterizando uma desigualdade.   Portanto, medidas devem ser tomadas para combater o preconceito e o desconhecimento sobre a questão. A comunidade LGBT deve pressionar o Poder Público para a criação de leis que criminalizem os delitos de caráter homofóbico e para a implementação de delegacias especializadas nessa forma de agressão, além de prestar apoio psicológico às vítimas. Ademais, o Ministério do Trabalho deve exigir vagas de emprego para pessoas trans, a fim de tornais mais justo o mercado e, para complementar, a mídia tem papel de informar e promover o respeito a esse grupo. Somente assim, teremos uma sociedade mais justa e igualitária.