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Enviada em: 18/10/2017

Segundo Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, a falta de solidez nas relações sociais, políticas e econômicas é característica da "modernidade líquida" vivida no século XX. O surgimento do debate sobre a violência sofrida pela comunidade trans é positivo, pois viabiliza posteriormente a criação de políticas públicas preventivas e a conscientização geral da sociedade.     A priori, à discussão faz-se necessária pelo grande número de vítimas a esse crime. O preconceito histórico da sociedade marginalizou - e ainda o faz - a população transsexual, levando-os a uma vida nas ruas de prostituição, uso de drogas e outros males sociais. Pela ignorância gerada com a falta de informação, milhares ficaram estigmatizados e expostos à violência e ataques brutais, que, infelizmente, muitas vezes acabam com vítimas fatais.    Destarte, é primordial à atenção as discussões e debates acerca do tema. A partir do entendimento coletivo de que a transsexualidade é uma característica biológica, e que a mesma está presente inclusive em algumas espécies do reino animal, um indivíduo transfóbico pode vir a compreender a estupidez de seu preconceito e enfim rever suas convicções. O fato também pode ser usado na formação escolar, conscientizando a população mais jovem a respeito da naturalidade desse comportamento.    Urge, portanto, a estimulação pelo Governo Federal de conferências e palestras relativas ao assunto, realizando esses eventos em universidades e escolas, respectivamente. Há também de se endurecer a pena de reclusão no código penal prevista para crimes que tenham viés transfóbico, medida essa que unida à conscientização social pode, futuramente, por fim a essa problemática brasileira.