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Enviada em: 20/10/2017

Transfobia: etimológicamente, é o ato de menosprezo e rejeição em relação à orientação sexual do outro. Frente a provectos fatores histórico sociais, midiáticos e de lenta mudança da mentalidade social, a problemática instala-se, deixando sequelas físicas e psicológicas às vítimas.  Em primeira análise é imperioso destacar que raízes históricas, onerosas e intrínsecas à sociedade, corroboram de maneira determinista, para a resiliência da questão. Sob tal ótica, durante a Idade Média, a homossexualidade era vista como um pecado mortal, diante pensamentos fixados pela Igreja cristã, fato que reprimia intensivamente tal minoria. Ademais, ainda no século XIX, pertencer ao público LGBT ( Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros), era considerado um crime. Destarte, comportamentos contemporâneos recebem influência de tais posturas.  Outrossim, além dos fatores supracitados, o desconhecimento de grande parte da população acerca do assunto, muitas vezes favorecido pela forma como a temática é tratada pela mídia,  dá subterfúgios ao quadro vigente. Segundo Zygmunt Bauman, o individualismo é uma das principais características da "Modernidade Líquida" vivida no século XXI, favorecendo a incapacidade de parcela social tolerar diferenças e agir de forma discriminatória. Observa-se isso, diante os frequentes casos de violência de âmbito física e moral, sendo a segunda tão passível de repressão quanto a primeira.   Indubitavelmente, faz-se necessário que o governo em consonância com psicólogos, promovam debates nas instituições de ensino, a fim de ressaltar a importância do respeito e a liberdade às diferentes orientações sexuais, com o intuito de formar cidadãos mais tolerantes e respeitosos. Paralelamente, cabe à mídia, por meio de programas de televisão, novelas e propagandas, tratar a questão como algo natural, com o fito de minimizar atitudes repressoras e preconceituosas.