Enviada em: 21/10/2017

Em "O Ateneu", Raul Pompeia retrata de forma velada a relação homoafetiva entre alguns adolescentes que são reprimidos em consequência de tais relações. Mais de um século depois, no entanto, a sociedade brasileira ainda reage de maneira opressora ao defrontar-se com essas manifestações de afeto. Essas reações geralmente são pautadas pela violência culminando em agressões gratuitas a pessoas apenas por serem diferentes.       Em primeira análise, as comunidades LGBTs (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Travestis) são as principais vítimas de preconceitos vinculados a violência no país. A exemplo disso, em 2010 três rapazes foram atacados em São Paulo (SP) com lâmpadas fluorescentes por cinco jovens que viam o diferente por algo a ser combatido, tal como o mito de Procusto, no qual o ladrão só colocava sem sua cama os indivíduos que se encaixavam em um padrão, quem era maior precisava ser cortado enquanto os menores necessitava esticar. A fim de minimizar esses comportamentos, uma possível solução é a criação de leis de penalização a crimes de ódio como a homofobia, uma vez que todos são iguais perante a lei sem discriminação de qualquer natureza como preza a constituição de 88. Portanto, torna-se necessária a criação de um projeto de lei, de iniciativa popular por exemplo, que coíba essas formas de discriminação.       Outra causa da homofobia no Brasil é o paupérrimo sistema educacional que por não abarcar matérias como filosofia e sociologia dentre as matérias presentes nas grades curriculares, contribuem para a alienação da população em atributos como tolerância ao que é novo. Como a democracia se faz à partir da vontade do povo, uma saída é a comunidade cobrar junto às secretarias municipais e estaduais de ensino e de seus governantes melhorias no sistema de ensino afim de mitigar os conflitos ideológicos.       Por fim, deve haver a criação de campanhas nas redes sociais, realizadas pela sociedade civil, que amenizem o preconceito presente na população, o que conduziria a uma sociedade progressivamente mais justa, igualitária e democrática.