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Enviada em: 21/10/2017

Na novela ''A força do querer'' a personagem Ivana não se identifica com o seu sexo biológico e torna-se transexual e o drama sofrido por ela, principalmente a transfobia vinda por parte de seus pais e familiares. Fora das telinhas, essa é a realidade de diversas pessoas, a repressão social sofrida pela comunidade LGBT (lésbica, gay, bissexual e transexual) é alarmante, principalmente no Brasil, que é o país que mais mata transexuais do mundo.  Apriori, a palavra trans vêm de transexuais e fobia é aversão, logo, transfobia é a rejeição ou preconceito contra o transexualismo. Durante a Segunda Guerra Mundial, o regime nazista exumou as minorias, dentre elas os homossexuais, e desde esse tempo, assumir a orientação sexual era um tabu, visto que, a sociedade patriarcal não aceitava nada além da heteronormatividade. Tanto que, antes de 1900, a homossexualidade era considerada doença, e tinha tratamento doloroso, porém nesse ano a OMS (Organização Mundial da Saúde) retirou a relação homoafetiva da lista de enfermidades. E recentemente, foi aprovado o casamento homossexual pelo supremo tribunal eleitoral, que é um grande avanço para a comunidade gay e também para o novo conceito de família. De maneira análoga, o grupo gay da Bahia registrou 374 assassinatos aos LGBT's durante o ano de 2016 ao avaliar o homicídio dos homossexuais por um prisma estritamente histórico, nota-se que fenômenos da formação nacional, ainda perpetuam na atualidade. A comunidade homoafetiva é totalmente vulnerável a violência física e verbal, vinda principalmente da família, da escola e do trabalho. Apesar da grande divulgação da mídia de figuras LGBT's como Pablo Vittar e séries como Sense 8, Orange Is The New Black a mentalidade primitiva ainda é transmitida de geração em geração, em virtude da vivência em grupo. Desarte, nota-se que as raízes históricas potencializaram atos inconstitucionais no Brasil. Torna-se imperativo, que o Estado na figura de Poder Legislativo desenvolva leis específicas para a homofobia. Também é necessário, que escola e instituições de ensino, promovam debates entre pais e filhos a cerca desse tema, afim de melhorar o convívio social. E ainda que aumente o número de propostas para as pessoas transexuais, haja vista que as opções de empregos recebidas por eles são mínimas, e  o que os resta é a prostituição. No mais, a mídia deve continuar a promover séries, filmes e propagandas de cunho LGBT até que se consiga vencer a mentalidade conservadora vigente no Brasil, para que casos como o da transexual morta Dandara fique apenas no passado.