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Enviada em: 23/10/2017

No que se refere ao debate sobre a transfobia no Brasil, é possível afirmar que este é um problema pouco discutido na sociedade brasileira, visto que há propagação do preconceito. Isso se evidencia não apenas pelas agressões sofrida pelo grupo LGBT mas também pela falta de oportunidades deste.    Na obra cinematográfica, baseada em fatos reais, A Garota Dinamarquesa, dirigida por Tim Hooper, é relatada a história de Lili Elbe, uma mulher trans que lutou no início do século XX pelo seu direito a assumir sua identidade de gênero, sofrendo agressões físicas e sendo alvo da ignorância da sociedade da época. Desta forma, na realidade do Brasil, mesmo em pleno século XXI, fica evidente a existência do problema, tornando-se o país número um em assassinatos de transsexuais e transgêneros.     É indubitável que caminhamos lentamente em direção a uma solução para o problema, sendo um dos motivos, a ausência de leis que defendam as minorias sexuais. Sendo assim, os transgêneros acabam sendo tratados de todas as formas, sem respeito nem proteção, tirando a liberdade destes de serem quem realmente são. Ademais, essas agressões, além de levar à morte, podem provocar sequelas psicológicas, levendo o indivíduo a desenvolver depressão, ansiedade e diversos problemas mentais.     Segundo Aristóteles, o homem é um ser social. Deste modo, é notório a necessidade do ser humano em viver em sociedade, ser aceito e respeitado. Com os transgêneros, ou qualquer outro integrante do grupo LGBT, não é diferente. É preciso que haja mais oportunidades de trabalho, para que essas pessoas passem a ser vistas como seres dignos como qualquer outro. Porém, por falta de reconhecimento, essa minoria recorre a prostituição como forma de trabalho, aumentando ainda mais o olhar negativo da sociedade.     Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. É preciso que o Ministério da Justiça, em parceria com a polícia civil e, também, Governo Federal, trabalhem em criar leis que defendem os indivíduos e, também, ouvidorias públicas online para receber denúncias anônimas de agressões, investigando as alegações e punindo os agressores de acordo com a lei. Ademais, como disse o filósofo Immanuel Kant, o ser humano é aquilo que a educação faz dele. Sendo assim, o Ministério da Educação deve instituir nas escolas públicas, para pais e alunos, palestras ministradas por professores e psicólogos, que discutam a igualdade entre as pessoas e a importância do respeito com os demais, com o feito de interromper o impasse gerado pela transfobia.