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Enviada em: 29/10/2017

Esse Corpo Não É Meu   Após se identificarem em um gênero diferente do que lhes foi atribuído no nascimento, os indivíduos pertencentes ao grupo LGBT passam a enfrentar uma luta para viverem sua identidade, principalmente no Brasil. Além do risco constante de serem vítimas de violência, não há legislação que proteja esse grupo. Esses indivíduos são excluídos do mercado de trabalho, são hostilizados nas escolas e sofrem, frequentemente, rejeição familiar e do corpo social. É questionada a inclusão dessas pessoas.    Somado a isso, esses cidadãos têm menor expectativa de vida. De acordo com dados da UNESP, enquanto o resto da população vive, em média, 73 anos, os LGBT vivem 35 anos. Ademais, afirmam que a cada 28 horas, um deles é vítima de homicídio no Brasil que, a partir de pesquisas da ONG Transgender Europe, é o país que abrange 40% dos assassinatos contra transexuais no mundo.    As razões desses altos índices têm correlação com o machismo, como cita João Nery em seu livro Viagem de Um Solitário,colocando a misoginia como origem da transfobia. Como o gênero feminino é posto,pelos misóginos,como inferior, é ultrajante aceitar que um homem se "rebaixe" a categoria de mulher. Por conseguinte, uma mulher ousar se portar como homem também causa a mesma afronta aos homofóbicos. Em 2014, por exemplo, um pai espancou um filho até sua morte, no Rio de Janeiro, quando o menino dançava no quarto com roupas femininas.     Nesse viés, o governo das cidades precisa ser parceiro do movimento LGBT por meio da disponibilidade de atender á suas necessidades,acolher suas pautas e reivindicações.Para isso deve-se criar um Conselho Municipal de Direitos da População LGBT, que atuará como órgão deliberativo para assessorar a prefeitura e fiscalizar ações a fim de beneficiar essa comunidade. Assim, espera-se que esse grupo,até então marginalizado, ganhe visibilidade e,suas vítimas, empatia dos órgãos públicos para que os índices e os crimes sejam rematados.