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Enviada em: 31/10/2017

“O homem é o lobo do homem”. Nessa frase, Thomas Hobbes esclareceu um significado que permanece até os dias atuais: que o homem pode ser o maior inimigo do próprio homem. Tal fato fica evidente no que diz respeito ao tratamento que a comunidade transgênero recebe por parte da sociedade brasileira, uma vez que ainda há uma forte presença de padrões sexuais e de gênero e, que devido a isso, tal parcela da população sofre consequências sociais graves.   Convém avaliar, desse modo, que pensamentos mais conservadores – tais como os que dizem respeito à heteronormatividade – dificultam o diálogo entre as diversidades existentes na população. Isso porque, tais ideologias consideram que há apenas duas orientações sexuais e identidades de gêneros: o homem, que se reconhece como tal e se atrai pelo sexo oposto, e a mulher, da mesma forma. Excluindo uma grande quantidade de pessoas que não se encaixam nesses padrões. Ou seja, o indivíduo transgênero começa a enfrentar dificuldades desde sua casa – com a não aceitação por parte de familiares –, até na escola – não recebendo adequada atenção pedagógica –, e no que diz respeito ao emprego – não conseguindo trabalhos formais.       É preciso considerar, ainda, que a população transgênero é alvo constante de violências: psicológicas, morais e físicas. Isso devido ao fato de que tais indivíduos, em diversos casos, não têm acesso à devida educação e garantia de emprego, ficando vulneráveis a fatores como prostituição e criminalidade e, ainda, à intolerância da população. Como prova do acima retratado está o fato de que o Brasil é o país onde mais matam transexuais no mundo, ainda mais que nos países que têm a transexualidade como fator de pena de morte. Logo, é evidente a necessidade de estabelecer diálogo e promover o respeito entre as diferenças.   Fica claro, portanto, que a intolerância e o preconceito marcam a vida de quem é transgênero no Brasil. A fim de reduzir esses problemas, o Governo Federal, associado às redes educacionais – tanto públicas quanto privadas – e midiáticas, deve promover ações educativas e de conscientização em escolas, universidades e centros urbanos, tais como palestras e oficinas – com profissionais de saúde, professores e transgêneros -, e ainda, distribuição de panfletos. Todas as ações devem ser realizadas com o objetivo de que sejam reduzidos os preconceitos e, ademais, promovam a devida inserção da comunidade trans na sociedade brasileira. Afinal, como disse a escritora Helen Keller: “O resultado mais sublime da educação é a tolerância”.