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Enviada em: 01/11/2017

A cantora e transformista Pabllo Vittar significa um símbolo de luta para a comunidade LGBT, principalmente pelo fato de que hoje em dia é conhecida internacionalmente por suas performances, ultrapassando os obstáculos do preconceito. Pabllo é constantemente alvo de transfobia nas redes sociais, tendo o pior índice de agressões em junho de 2017, mostrando que o Brasil ainda não está adequado às novas configurações de gênero e liberdade sexual. Essa intolerância é fruto da falta de conhecimento, ainda mais por se tratar de uma sociedade que ainda tem valores coloniais impregnados, como o modelo de família patriarcal, trazido para o Brasil, em 1500, pelos portugueses e fortemente apoiado pelos representantes católicos. Por consequência, as pessoas estranham à primeiro contato aquilo que são diferente a elas, pois não estão acostumadas a essa realidade. Porém, esse estranhamento pode se tornar um grande problema quando é persistente, sendo visto com outro patamar, ainda pior, quando é acompanhado de violência, o que caracteriza a transfobia e homofobia. Estima-se que 343 LGBTs tenham sido assassinados no Brasil, em 2016, de acordo com um relatório publicado pelo site Quem a homofobia vai matar hoje, garantindo ao Brasil o título de campeão mundial de crimes contra minorias sexuais. Além disso, as forças governamentais não dão devida atenção à luta contra o preconceito, já que não existem estatísticas oficiais sobre crimes de ódio, e também pelo fato de que no governo de Dilma Rousseff foi arquivado o projeto de lei de criminalização e equiparação da homofobia ao racismo, que a presidenta prometeu aprovar. Dessa forma, faz-se necessário que o Ministério da Educação implante nas escolas a educação sexual a partir do oitavo ano do ensino fundamental, pois alunos a partir de doze anos já são capazes de discernir o certo e o errado, com o fim de ultrapassar a mentalidade patriarcal vigente e acabar com a ignorância em relação a orientação sexual e diversidade de gênero, pois como já dizia Immanuel Kant, "O homem é aquilo que a educação faz dele". Outra medida que serviria de grande ajuda ao combate a esse preconceito é a aprovação do projeto de lei de criminalização da homofobia e transfobia pelo governo, pois os agressores passariam a ser punidos, incentivando o fim dessa violência.