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Enviada em: 03/11/2017

O preconceito está ainda bem longe de terminar       A Transfobia é uma das principais razões de muitos casos de violência no Brasil atualmente, além do grande despreparo policial para lidar com as situações e a inexistência de uma legislação específica. Fruto de um sistema estruturado e enraizado na sociedade, a LGBTfobia é sustentada por uma formação criada dentro de preceitos religiosos e fundamentalistas. Ainda assim, não há dados concretos que comprovem que a violência contra a esse grupo é grave no país, já que apenas algumas delegacias registram boletins de ocorrência.      Desde a Idade Média, especificamente quando o Cristianismo ganhou força, a relação entre pessoas do mesmo sexo virou crime passível de execução assim como já era com relação ao adultério. Essa aversão só fez crescer com o tempo, uma vez que com a implementação do sistema Nazista, o conceito pseudo-científico passou a mutilar e violentar pessoas de orientação sexual pelo mesmo sexo. Ainda que pós Segunda Guerra Mundial houvesse lutas pelos Direitos Humanos, os dados do Grupo Gay da Bahia (GGB) em 2016, mostram que 343 homossexuais, travestis e trans foram mortos no Brasil. Portanto, o que mais pesa para os LGBTS serem tão violentados, é a mão ainda muito forte do praticado na sociedade brasileira: a opressão e relação de poder.     Apesar de São Paulo ter uma lei estadual que criminalize estabelecimentos comerciais por homofobia, contraditoriamente muita gente não tem conhecimento acerca da legislação. Especialmente os empresários e representantes do Estado no que diz respeito à segurança pública. E muitos deles não vão a delegacia porque os policiais não dão nenhum respaldo a eles e normalmente o crime é sempre classificado como agressão e nunca como homofobia.      É a partir desse viés, que a educação e o direito precisam caminhar juntos. Portanto, é fundamental a formação dos cidadãos acerca da diversidade através de palestras que abordem a orientação sexual e identidade de gênero nas escolas. Outro ponto importantíssimo, é a criação de uma lei nacional que classifique a violência contra pessoas do grupo LGBTfobia como crime. Além de um Programa Municipal de Combate à violência e a Discriminação.