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Enviada em: 03/11/2017

“O homem é o lobo do homem”. A frase, mais dita do que compreendida, de Thomas Hobbes, é a constatação de um comportamento humano atual: uma série de atitudes ou sentimentos negativos em relação às pessoas travestis, transexuais ou transgêneros. Principalmente no Brasil, onde a base da sociedade é marcada pelo conservadorismo e o patriarcado. Diante desse cenário excludente é preciso assegurar às pessoas trans o direiro à liberdade e à segurança previstos na constituição.       É indubitável que a questão cultural esteja entre as causas do problema. Conforme Durkhein, o fato social é a maneira coletiva de pensar e agir, dentro dessa lógica, fica claro que a preparação do preconceito aos LGBTs - que inclui o grupos dos trangêneros - se encaixa na teoria do sociólogo, uma vez que a criança vive em uma família com esse pensamento tende a adota-lo também por conta da vivência em grupo. Assim, a continuação desse pensamento, transmitido de geração a geração, funciona como base forte dessa forma de preconceito, perpepuando o problema no Brasil.        Outrossim, destaca-se a ausência de leis para punir crimes de ódio contra os transgêneros como impulsionadora da transfobia. De acordo com levantamento feito pelo Grupo Gay da Bahia em 2014, a cada 27 horas um brasileiro é morto por ser LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros). Nessa perspectiva, o transexual está exposto à falta de segurança que, de fato, assola o Brasil, mas também corre o risco de ser agredido e morto pelo simples fato de existir e ser o que é. Dessa maneira, a lei tem o efeito de desnaturalizar a violência, além de reverter o cenário de injustiça e impunidade.       Infere-se, portanto, que a transfobia no Brasil tem raízes em uma cultural e em um considerado contexto de naturalização da violência. Sendo assim, partindo do pressuposto que "o resultado da educação é a tolerância", conforme a filosofa Hellen Keller, cabe ao Ministério da educação, em parceria com as escolas, promover campanhas sobre o respeito às diversidade e o impacto que o preconceito traz para a sociedade. Ademais, é imprescindivel que o Governo Federal construa delegancias especializadas contra esse crime de ódio, a fim de atenuar a prática do preconceito na sociedade, além de aumentar a pena para quem o praticar. Desse modo, a bandeira LGBT refletirá as cores de uma sociedade harmônica e tolerante.