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Enviada em: 25/08/2018

De acordo com o pai da Mecânica, Isaac Newton, um corpo que está em movimento tende a permanecer nesse estado até que uma força de intensidade maior e contrária a esse ponto material o contenha. Nesse sentido, pode-se inferir que a transfobia em questão no país é análoga a esse princípio físico porquanto permanece constante, seja pela herança histórica religiosa em consonância com a negligência penal no que tange esse público.      Primeiramente, conforme o filósofo Platão, indivíduos que não possuem esclarecimento crítico perante determinada situação da realidade permanecem presos na caverna da ignorância. Nessa perspectiva, é inquestionável que a herança histórica da moral cristã interfere diretamente no preconceito com pessoas que não se reconhecem com o seu sexo biológico, se manifeste de forma velada ou explícita. À vista dessa postura, é inadmissível que tal prática continue ocorrendo em um estado laico.        Além disso, conforme o filósofo Iluminista Jeremy Smith, quando um delito não é punido de forma efetiva, há a banalização diante do crime. Da mesmo maneira sucede com o crime de transfobia no Brasil, em que as próprias instituições de investigação negligenciam crimes cometidos contra a população LGBT.Consequentemente, há a formação de um ciclo vicioso, no qual os criminosos permanecem impunines. Para exemplificar, o caso da estudante de Artes da UERJ Matheusa, cuja investigação apenas começou pela pressão da própria universidade de da comunidade.       Em suma, a fim de reverter esse cenário nefasto no corpo social uma medida é de extrema importância. O Poder Judiciário, por meio da ampliação do número de juízes, deve fornecer maior agilidade e prioridade nos processos que envolvam pessoas trans, com o fito de promover justiça e criar o vetor necessário para conter esse copo em movimento retilíneo uniforme.Espera-se, portanto, atenuar esse dilema no Brasil.