Enviada em: 05/07/2018

Selva de pedra: a problemática da superpopulação e seus comportamentos        É de conhecimento geral que os centros urbanos apresentam superpopulacão desde o início da Revolução Industrial no sistema capitalista. No entanto, antagonicamente, apesar do elevado número de pessoas há a impessoalidade e o sentimento de solidão que são perceptíveis em grande parcela da população urbana. Diante dessa perspectiva, os centros urbanos deveriam ser habitados como forma de integração social para minimizar a problemática apresentada.        O sistema capitalista surgiu no século XV, na passagem da Idade Média para a Idade Moderna, a partir da decadência do feudalismo e o processo migratório para as cidades ocorreu de forma mais acentuada, na Revolução Industrial, no século XIX. De forma brilhante, o sociólogo Georg Simmel, apontou que a individualidade crescente se aprofundou com o sistema capitalista, tornando as relações de troca em relações impessoais.        Pode-se dizer, então, que ocorreram diversas modificações comportamentais na sociedade durante o aumento da urbanização. Dentro da superficialização dos relacionamentos das pessoas que vivem nos centros urbanos há o sentimento de solidão, pois devido à rotina de trabalho as relações tornaram-se mais automáticas e menos orgânicas. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) as pessoas que moram e trabalham em metrópoles têm maior propensão a sofrer de ansiedade e depressão; o risco de desenvolver esquizofrenia também aumenta consideravelmente.        É perceptível, que os aspectos da vida metropolitana favorecem dificuldades emocionais: barulho, poluição e pressão social em razão da maior concorrência, da fragilidade dos laços e da sensação de não pertencimento a um lugar ou grupo. É necessário, portanto, que os centros urbanos realizem atividades de políticas públicas, por meio do poder público, em parceria com o conselho de psicologia e de medicina para conscientizar a integração social. Deve haver campanha de conscientização das artes cênicas demonstrando problemas emocionais derivados dos comportamentos velados da sociedade atual, tais como estresse, depressão, raiva, etc, que também causam problemas físicos como pressão arterial alta, dores de cabeça, náuseas, baixa imunidade, dentre outros.