Enviada em: 08/07/2018

Friedrich Engels retrata em sua obra: “a situação da classe operária”, que “os cidadãos alcoólatras, na embriaguez, esquecem pelo menos por algumas oras, a miséria e o fardo da vida”. A célebre frase caput do sociólogo alemão evidencia a necessidade de mudança de postura nhoque tange A impessoalidade dos centros urbanos e a solidão. Tal situação é originada devido a duas causas principais: o medo e a liquidez das relações. Com isso, é evidente a necessidade de parceria entre governo e sociedade para amortização da referida problemática.          À guisa do sociólogo Leônidas Donskis, na obra “cegueira moral”, expõe o “medo” como alimento do ódio. Nesse contexto, a impessoalidade dos centros urbanos e a solidão, por ser um problema que está fortemente ligado à fobia, na qual gera a incerteza, insegurança, falta de proteção e em decorrência a apatia, encaixa-se perfeitamente nas palavras do sociólogo. Exemplo disso é a pouca interação entre desconhecidos em espaços públicos como praças e bares; o que gera sérias consequências como hermetismo e a impessoalidade presente na sociedade moderna. Dessa forma, incentivar a socialização é importante para se desconstruir tal dilema.         A posteriori, a liquidez das relações, é um relevante tópico fomentador desse problema. Essa conjuntura valida-se no fato de que, segundo Zygmunt Bauman, vive-se numa sociedade líquida, na qual a modernidade, por meio de tecnologias comunicativas, a exemplo celulares conectados ao Facebook, produz uma impessoalidade pelo distanciamento das pessoas. O que gera graves consequências como a solidão na qual é fruto da fraqueza nas relações pessoais. Assim, para amenizar esse quadro é necessário alertar os indivíduos a respeito dos perigos do isolamento e da falta de comunicação não virtual.       Infere-se que o medo e a liquidez são, portanto, importantes vetores da problemática. Para desconstruir esse panorama é imperativo que o Estado aliado ao ministério de segurança, diminua o medo com medidas que aumente a segurança em espaços públicos, e concomitantemente reduza a apatia e liquidez nas relações pessoais, com propagandas que expliquem sobre os perigos do isolamento e falta de interação entre indivíduos, além do mais é relevante que órgão como escolas junto com psicólogos incentive alunos e familiares a socialização com palestras expondo os benefícios da prática. Pois, assim, será mais fácil amortizar a impessoalidade dos centros urbanos e a solidão na sociedade hodierna.