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Enviada em: 27/05/2018

Nos últimos anos, tem aumentado os debates sobre a liberação do uso da maconha em vários países. No Brasil, o assunto divide opiniões, enquanto alguns defendem a legalização do uso da droga, outros repudiam a ideia, e ainda há os que defendem para fins medicinais. Mas, no cenário atual do país, pode-se dizer que a maior parte da população não está pronta para um passo como esse.       Hoje, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) libera apenas o canabidiol, óleo extraído da maconha, como substância de uso controlado para fins medicinais. A discussão está em torno da liberação do THC, substância que possui efeito psicoativo, para tratamento. A Associação Brasileira de Psiquiatria não a reconhece como medicamento e afirma que o seu uso antecipa o início da esquizofrenia. Contudo, tanto a Anvisa quanto a Justiça Federal autorizaram a ABRACE - Associação Brasileira de Apoio Cannabis Esperança - a realizar testes com THC. O órgão é o único autorizado no Brasil a cultivar e produzir o canabidiol.       Pesquisas feitas pelo Monitor da Violência do G1, mostra que o número de assassinatos no país não é majoritariamente relacionado às drogas. Apesar dos índices de violência terem diminuído nos estados de fronteira dos Estados Unidos com o México após a liberação do uso medicinal da maconha, no Brasil o quadro é outro. Visto que as crimes também ocorrem durante roubos, contra a mulher, por preconceito e ainda conta o suicídio. Logo, a legalização do uso da maconha, seja para consumo ou medicinal, se tornaria um mero detalhe e traria a sensação de falsa segurança.       Dentro desse panorama, a liberação do uso medicinal e o cultivo recreativo da maconha devem ser regulados pela Anvisa e pela Justiça segundo cada caso, embora menos burocratizada. Em primeiro lugar, expandir o acesso à educação a todos. Segundo, criação de grupos de apoio e tratamento precisam de mais atenção e investimentos. Juntamente com páginas na internet para mostrar que o consumo de drogas não se restringe ao pobre, mas sim à sociedade como um todo.