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Enviada em: 28/05/2018

Através da presença dos negros trazidos para o Brasil, veio a Cannabis sativa- a maconha. Sendo ela matéria prima de diversos produtos europeus, o cultivo para a comercialização era legalizado e até incentivado pelos portugueses. Hoje, com a presença desse entorpecente no consumo recreativo, tem se levantado discussões sobre a aprovação do uso da maconha. Ainda que com fins terapêuticos efetivos, há ressalvas como a deficiência do sistema de saúde brasileiro e os efeitos da droga no organismo que devem ser levadas em consideração no embate atual.         Assim como qualquer outra droga, a maconha propicia uma certa dependência levando a um possível vício. De acordo com dados da revista Época de 2014, cinqüenta por cento dos fumantes diários tendem a depender dos efeitos ocasionados pelo uso freqüente da erva. Dessa maneira, um dos meios de tratamento para os vícios são os sistemas públicos que não são nem de longe preparados para oferecer um tratamento eficiente. Vive-se hoje, uma crise de saúde pública que impossibilita tratamento de diversas patologias, seja por falta de estruturas, materiais e até mesmo profissionais. Nesse sentido, com a legalização, é normal que número de usuários aumente, e consequentemente os dependentes químicos ,que no fim, são considerados indivíduos portadores de uma doença.        Outro elemento a ser analisado são os efeitos acarretados pela maconha. Utilizando-se o consumo frequente entre jovens, ela provoca alterações no rendimento intelectual afetando até mesmo as relações sociais. Do mesmo modo, existe o perigo de após ter usado a droga provocar acidentes automobilísticos. Há quem se apoia no argumento de que tanto o álcool quanto o tabaco causam os mesmos efeitos e são até mais agravantes nesses processos. No entanto, os mesmo são drogas lícitas, que estão arraigados não só na história do país como na do mundo inteiro. Mais ainda sim, eles contribuem negativamente para a sociedade brasileira, ou seja, se já existe duas drogas legalizadas que não são benéficas, seria inconsistente a legalização de outra que também não retornaria com dados satisfatórios, como é o caso da Cannabis sativa.        Em virtude dos fatos mencionados, ficam evidentes os efeitos maléficos da maconha na atual sociedade brasileira. Portanto, faz se necessárias medidas do governo na não aceitação de projetos que objetivam legalizar a droga. Ademais, através de parcerias público-privado poderia ser implementadas melhorias no sistema de saúde para a recepção de dependentes químicos, como a infra-estrutura, a disponibilização de empregos e  atividades alternativas para ocupar a mente do doente no intuito de recuperá-lo e realocá-lo nas relações sociais.