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Enviada em: 28/05/2018

No contexto social vigente, o filme "Tropa de Elite" apresenta de forma escrachada o uso da maconha para fins recreativos e as consequências da má administração governamental sobre ela. Análogo a arte cinematográfica a realidade brasileira não é divergente, visto que a marginalização do uso e a falta de perspectiva de que a utilização é uma questão de saúde pública, desencadeiam cenários estratosfericamente caóticos. Logo, o diálogo sobre a legalização ou proibição dessa droga deveria, em primeiro lugar, ser debatida de forma não polemizada e posteriormente levar o estudo da liberação por etapas, começando pela descriminalização.  É elementar que se leve em consideração que o uso da maconha é e sempre será usado dentro do meio social, seja para fins medicinais ou recreativos. No entanto, a política de guerra contra essa droga no Brasil apresenta-se latente e marginalizada, dado que ela somente se aplica a categorias de baixa renda - sendo essa o maior percentual da população carcerária acusada de tráfico de drogas. Assim, dessa maneira parcelas populacionais mais abastadas sempre encontram formas de infringir a lei ou simplesmente são ignoradas, como foi o caso do ator Gregorio Duvivier que afirmou, em suas redes sociais, que fazia cultivo de maconha em sua residência e nada foi feito pelo sistema judiciário para puni-lo.  Acresce também que assim como no filme citado, o combate ao uso da cannabis sativa no país é extremamente reprimido com a violência. Nessa perspectiva, deixa-se de visar que os usuários estão doentes, tal como qualquer vício em drogas lícitas, e somente são jogados em celas sem nenhum tratamento. Logo, estimulando o contado com outros entorpecentes ilícitos e de maior periculosidade, gerando uma deficiência ainda mais ampla no sistema que poderia ter sido resolvido com a difusão de informações e o auxílio necessário para quem quisesse não mais fazer o uso da maconha.  Diante dessa problemática, consta-se que é imprescindível a ação conjunta do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária para iniciar o projeto de legalização da maconha. Dando princípio pela descriminalização guiada por estudos e fiscalização de responsabilidade desses dois agentes, para que posteriormente à análise dos dados, seja efetuada a legalização por completo. Soma-se a isto também, o apoio governamental à ONGS, como a "Comunidade Terapêutica: Fazenda Novo Lar", que realiza a reabilitação humanitária dos usuários de entorpecentes e a elaboração de projetos para desenvolvimentos nas escolas, pelo Ministério da Educação, que promova palestras e apresentações artísticas e culturais que levem a informação sobre os riscos do uso da cannabis, para que a longo prazo, tenha-se um sociedade livre e consciente sobre o uso dessa droga.