Materiais:
Enviada em: 21/06/2018

A maconha foi uma das primeiras substâncias psicoativas consumidas pelo ser humano, sendo ainda hoje a droga ilícita mais utilizada no Brasil. Sabe-se que as substâncias ativas da maconha, por si só, trazem seus pontos positivos e negativos ao usuário, mas o que acaba trazendo as piores consequências para a sociedade é a sua proibição.    Em primeiro lugar, a proibição do consumo da cannabis, no âmbito da saúde pública, não tem argumentos suficientes para se sustentar. Com várias utilizações medicinais eficientes comprovadas, seus malefícios não são tão expressivos, principalmente se comparados aos causados pelo abuso do tabagismo e do alcoolismo. Além disso, estudos realizados em países que adotaram a legalização não mostram aumento no número de usuários, comprovando a ineficiência da política proibicionista.   Como consequência principal, e mais danosa para a sociedade, a proibição da sua venda sustenta um milionário comércio ilegal, proliferando o crime organizado da pior espécie. A legalização se mostrou eficaz e benéfica para os países que adotaram essa política. A exemplo do Uruguai, que presenciou uma redução de 20% dos crimes ligados ao narcotráfico, além de um aumento na arrecadação tributária pela sua venda legalizada.    Por outro lado, como todo tipo de droga, a maconha oferece perigos e seu uso deve ser evitado ou realizado com cuidado. Pesquisas mostram que o seu uso frequente aumenta as chances de desenvolvimento de distúrbios psíquicos e pode causar dependência. Sendo assim, seu consumo não deve ser feito por qualquer indivíduo.    O consumo da maconha deve, portanto, ser legalizado e sua venda fiscalizada pelo governo, para que seja feita de forma regular. A arrecadação tributária proveniente do seu comércio deve ser investida no tratamento de usuários dependentes que buscam ajuda. Além disso, é dever do Estado e das escolas lançarem campanhas de conscientização sobre seu uso, para que finalmente possamos amenizar as trágicas consequências que as drogas vêm trazendo ao nosso país.