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Enviada em: 10/07/2018

Cultivada, primordialmente, por tribos indígenas milenares da região da Jamaica, a maconha, hodiernamente, é alvo de robustas ondas de críticas preconceituosas vindas de indivíduos leigos no assunto. Nesse prisma, é crucial colocarmos uma lupa sobre a questão da legalização da maconha, mirando ações afirmativas que visem garantir, aos que habitam o solo tupiniquim, o livre cultivo e usufruição dessa polêmica planta.       Em primeira instância, é imperioso nos debruçarmos sobre as equivocadas ideologias a respeito do uso da "Cannabis". Sob tal perspectiva, cabe destacar que, infelizmente, é recorrente, por parte da população brasileira, a propagação de errôneos comentários afirmando que a maconha é o principal vetor ao uso de drogas mais pesadas, no entanto, consoante às declarações de Pepe Mujica, o preponderante portal de acesso ao universo dos aterrorizadores entorpecentes é o tráfico, e não a maconha. Ademais, é válido ressaltar que a legalização da maconha, em países como Holanda e Portugal, vem demonstrando consideráveis reduções nos índices de tráfico dessas nações, contrariando os ideias de indivíduos que difundem rancorosas mensagens acerca da erva. Logo, faz-se fundamental a conscientização da população perante as infelizes condenações à maconha.       Outrossim, é contundente analisarmos os matizes históricos do cultivo da Cannabis. Nesse viés, salienta-se que, muito antes da chegada dos europeus à América, a maconha tinha princípios medicinais, visto que, além acoplar substâncias suavizantes, é uma excelente remediadora de convulsões neurológicas. Acresce-se o fato de que inúmeras pesquisas científicas - sobre a questão medicinal da maconha - vêm sendo realizadas; e os cientistas, mesmo questionados pela população conservadora, vêm comprovando outros inúmeros benefícios terapêuticos vinculados à esse inocente vegetal. Por conseguinte, torna-se evidente que as retrógradas declarações dos cidadãos conservadores estão prejudicando o viver de seres humanos detentores de amarguradas enfermidades.       Infere-se que - para relações harmoniosas entre os adoentados, os usuários e os demais cidadãos - o cultivo da maconha deve ser legalizado. Destarte, é ponderável que o Ministério da Saúde, em face dos médicos brasileiros, financie artigos que comprovem o benéfico uso da Cannabis para o tratamento de inúmeras enfermidades humanas, condicionando o apoio da nação verde e amarela à questão dos valores medicinais da maconha. Para mais, os deputados da Câmara Federal devem sancionar uma lei que permita a circulação da maconha em território canarinho. Somente sob tais perspectivas, a pátria amada poderá oferecer melhores condições de vida aos portadores de doenças neurológicas, além de propiciar dias livres de preconceito aos que, com fins recreativos, cultivam e usam essa curiosa erva.