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Enviada em: 19/07/2018

A banda Planet Hemp ou ''Planeta Maconha'' em português, fez sucesso nos anos 90 e 2000 tendo Marcelo D2 e B Negão no vocal. Em suas músicas, a banda defende a liberdade no consumo da droga, além de fazer inúmeras críticas sociais, denunciar injustiças e a desigualdade. Conhecidos por suas polêmicas, seguem a linha ''ame ou odeie'' e são símbolos da resistência em prol do uso consciente. A discussão da temática da liberação da maconha iniciou-se décadas atrás, e com a efetivação em outros países, inclusive americanos, aumenta a pressão sobre qual é a melhor opção. A queda do narcotráfico e a possibilidade da cobrança de impostos no comércio são argumentos em prol da legalização.      A princípio, destaca-se o Uruguai, vanguarda entre os sul-americanos na liberação da erva com a ''Lei da Maconha''. Atualmente, o país se vê em uma situação mais favorável com a diminuição nos números de crimes ligados ao narcotráfico. Segundo o jornal Folha de São Paulo, os crimes foram reduzidos em 18% em quatro anos, agradando ao governo e seus apoiadores. Contudo, a nova legislação impõe regras, havendo três formas de acesso ao psicotrópico: há a possibilidade de se plantar em casa com o limite de seis pés, pode-se frequentar clubes de cultivo e também há o comércio em farmácias para adultos registrados, sendo esses uruguaios ou com residência permanente.     Da mesma forma, o uso é prática parcialmente legal em algumas localidades estadunidenses. O estado da Califórnia possui o maior mercado de maconha do mundo, com faturamento anual que pode alcançar os sete bilhões de dólares. Tido como um dos mais liberais do país, o estado legalizou a venda para fins medicinais ainda em 1996. De acordo com a Sociedade Americana de Câncer, quase 25% dos pacientes com a enfermidade fizeram uso da erva para o alívio dos sintomas. Contudo, a nova pressão é para a liberação do consumo para fins recreativos. Dessa forma, o governo aos poucos credencia pessoas e estabelecimentos, conseguindo monopolizar toda a grade produtiva, distribuição e venda da droga, possibilitando a cobrança de impostos que podem ter outras finalidades sociais.     O parcial sucesso dos países vizinhos aumenta a pressão sobre a legalização no Brasil. O uso é prática comum e isso não pode ser negado, portanto, resta adotar medidas para que a nova legislação seja eficiente em seus projetos a longo prazo. A legalização deve ser lenta e gradual, com o credenciamento por parte de órgãos como a Embrapa e o Ministério da Agricultura, dos produtores agrícolas e também de sua capacitação, possibilitando a eles uma nova fonte de renda e o acompanhamento do plantio. Bem como, deve-se licenciar estabelecimentos para que façam o comércio da maconha, com o estipulação de impostos e controle de quem compra. Essas práticas, possuem a finalidade de se diminuir o narcotráfico de maconha e os custos com seu combate.