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Enviada em: 21/10/2018

É incontrovertível que se tem discutido com frequência acerca do uso da maconha no Brasil, tendo em vista que, por suas inúmeras utilidades medicinais, ela se mostra eficiente no tratamento de pessoas que possuem enfermidades como epilepsia, ou mesmo crises convulsivas. Entretanto, apesar de comprovada cientificamente suas vantagens no que tange à questões de saúde, a cannabis é ainda vista com preconceito, sendo  ignorados os benefícios que a sua legalização traria para o problema da superlotação dos presídios brasileiros, além de ser uma alternativa à crise econômica atual.         Análogo ao pensamento do filósofo John Stuart Mill, é necessário ressaltar que o estado é incapaz de controlar as escolhas dos indivíduos sobre seus próprios corpos, tendo em vista que o ser humano é soberano sobre suas preferências. Logo, fica evidente que a guerra às drogas e, por conseguinte, a proibição da maconha, não faz com que o número de usuários diminua, como é o esperado, apenas faz com que muitas pessoas inocentes sejam mortas durante intervenções nas comunidades e que lotem os presídios brasileiros por, muitas vezes, posse de quantidades mínimas de drogas e que seriam para o consumo próprio.           Outrossim, conforme o materialismo dialético marxiano, a economia é a base da sociedade. Nesse contexto, e diante da atual crise econômica no Brasil, a legalização da maconha se apresenta como uma alternativa viável para que o país consiga se restabilizar, pois poderiam ser cobrados impostos sobre isso, o que consequentemente, à longo prazo, além de contribuir para tirar o país da crise, enfraqueceria o tráfico de narcóticos.        Fica evidente, portanto, que a proibição não apresenta vantagens em virtude dos fatos supracitados. Sendo assim, os orgãos legislativos do país devem promulgar uma lei que torne legal o consumo de maconha em todo o território nacional,  com o objetivo de à longo prazo promover um enfraquecimento do tráfico dessa droga e, com os impostos, investir no que é necessário à sociedade; além de que, com isso, o número de encarcerados por posse de quantidades mínimas de drogas diminuiria, excetuando-se os traficantes.  Dessa forma, a legalização resultará em um bom desenvolvimento econômico futuro, além de consolidar o pensamento libertário de Stuart Mill.