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Enviada em: 26/03/2019

A penalização da maconha tende à tornar um grave problema brasileiro difícil de ser atenuado, o narcotráfico. Isso porque a Bolívia, o Peru e a Colômbia, três países fronteiriços, destacam-se mundialmente na produção de drogas, sobretudo cocaína e maconha, segundo a ONU. Essa proximidade territorial, bem como a não desprezível demanda por drogas,  nesse sentido, contribui e estimula o empreendimento, no Brasil, de tal prática ilegal. Em razão disso, pensar na legalização da maconha como possível estratégia prejudicial ao narcotráfico faz-se necessário.         Em primeiro lugar, como dito anteriormente, a legalização da maconha pode representar uma medida positiva.  Partindo-se dessa concepção, confirma esse ponto de vista o fato de que a despenalização da maconha provavelmente implicará em uma redução expressiva do narcotráfico, que é um problema frequente e de difícil combate no Brasil atualmente, tanto por uma questão de falta de fiscalização, que é produto de insuficientes investimentos, –consoante o jornal O Globo, apenas quatro por cento das fronteiras brasileiras são monitoradas- quanto pela  extensão geográfica.            Em segundo lugar, não há como negar que a legalização da maconha possivelmente trará efeitos e é preciso, se a descriminalização ocorrer, estar preparado para as mudanças, sejam elas boas ou não. Em prol desse ponto de vista, salienta-se a indispensabilidade de uma Lei clara, não passível de ambiguidade. Ademais, todo o planejamento deve ter por base estudos consolidados, assim como é feito com outras drogas que são legais no país, sendo o álcool e o tabaco dois exemplos.        É dever, portado, do Poder Legislativo, bem como do Ministério da Saúde, empenhar-se no planejamento e na construção de uma estrutura social solidificada para a legalização da maconha como um evento próximo. Isso deve ser feito por meio de investimentos em pesquisa e em produção de conhecimento sobre a cannabis. Tudo isso a fim de evitar decisões irrefletidas e que possam trazer implicações à saúde, à segurança ou mesmo às relações sociais.