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Enviada em: 15/07/2019

País em fracasso devido ao racismo e ignorância        Como diria o maestro Tom Jobim, "o Brasil cultua o fracasso". Afinal, permitir que a criminalização da maconha afete os setores econômicos e de saúde, no Brasil, é um sinal evidente do atraso em que o país vive. Portanto, convém analisar as causas, consequências e possíveis soluções para a legalização do uso da maconha em território brasileiro.        A priori, estudos científicos já apontam o benefício medicinal da cannabis, gerada pelo efeito da substância canabindol. Tais pesquisas são relevantes para o progresso da saúde, contudo, no Brasil, esse processo sofre uma grande burocracia, ao mesmo tempo que o número de indivíduos necessitados desse medicamento cresce. Além disso, outro grande problema acerca da criminalização da maconha é o gasto público investido na fiscalização do tráfico da erva, ao passo que com a legalização, tais investimentos iriam para a área da saúde. Outrossim, a venda livre desse produto  geraria riqueza e movimento na economia do Brasil. Portanto, torna-se viável a ideia acerca dos benefícios que a cannabis oferece para a economia e para o âmbito hospitalar do país.        A posteriori, segundo estudos da revista Scientific Reports, o álcool é a droga com maior índice de mortalidade, enquanto a maconha encontra-se em último lugar no ranking das piores drogas. Nesse contexto, observa-se uma contradição nos ideais brasileiros, visto que é permitido o uso de bebidas alcoólicas e proibido o uso da maconha. Isso se deve, às raízes do aparecimento dessas drogas no Brasil: a cerveja foi trazida pelo branco europeu e a cannabis, pelo escravo negro africano. Desse modo, observa-se a atuação do racismo nos descasos constitucionais do país, o qual se proclama república democrática. Tal situação é caótica, contudo, mutável.        Logo, percebe-se que a principal causa da criminalização da maconha é o legado histórico de racismo no Brasil. Portanto, para findar com fracasso em que o país vive, segundo Tom Jobim, é preciso investir na educação. Desse modo, o Ministério da Educação deve promover projetos em escolas, para além do aprendizado escolar e proporcionar o desejo da empatia entre pessoas de diferentes etnias. Além do mais, os poderes legislativo, executivo e judiciário necessitam analisar os benefícios da descriminalização da erva, como o uso medicinal e o econômico, por intermédio de reuniões e votações, sempre atendendo à população, visto que é um país democrático.