Materiais:
Enviada em: 11/10/2017

O fármaco do futuro     O festival de música em Woodstock, na década de 70, ficou marcado como a era do movimento hippie e das drogas alucinógenas como a maconha. Dentre tantas polêmicas, a substância ilícita mais consumida pelos brasileiros tem ganho espaço em debates acerca de seu uso medicinal e da sua validação. No entanto, a carência de medidas governamentais para restrições e a postura da sociedade perante ao embate contribuem como empecilho para sua legalização.      É inegável que muitos efeitos médicos positivos foram obtidos pelo uso da canabis e não podem ser aplicados com totalidade no país. Para Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado. Analogamente, observa-se como o cultivo legal em somente poucas áreas do Brasil demonstra o desinteresse governamental nos avanços de tratamentos a partir da maconha e o rompimento do equilíbrio aristotélico, uma vez que só se observa a justiça agindo para punir seus usuários, sem pensar em medidas para mudar o fim do seu uso. Assim, nota-se a necessidade de uma mudança planejada na legislação para combater o problema.     Outrossim, a postura da sociedade perante a legalização ainda demonstra pouca maturidade para que seja eficaz. Segundo Durkheim, o fato social é a maneira coletiva de agir e pensar de uma sociedade. Seguindo essa linha de pensamento, nota-se como permitir o uso de drogas por menores, utiliza-la enquanto dirige ou trabalha e fumar em ambientes fechados constituem um fato social, à medida que, é passado de pessoa para pessoa e forma um comportamento marcante da população. Desse modo, percebe-se como o pensamento e as ações dos cidadãos precisa ser mudada para acabar com a problemática.     Entende-se, portanto, que a legalização da maconha para fins benéficos –como o uso medicinal- deve ser incentivada, porém ainda encontra muitas barreiras para que possa ser totalmente eficaz. Para tornar possível esse papel, é preciso que o Governo Federal em parceria com o Legislativo, descriminalize gradualmente com restrições de forma análoga aos medicamentos legais, com faixa etária delimitada, proibição do seu uso ao dirigir e em locais fechados. Além de aplicar campanhas junto às redes sociais incentivando o uso com um propósito benéfico –como tratar doenças- e petições à favor. Dessa forma, o equilíbrio aristotélico será restaurado.