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Enviada em: 14/10/2017

Liderada pelos Estados Unidos, a política de proibição e enfrentamento ao uso de drogas não teve o efeito esperado. No Brasil, país que mantém esse entendimento até hoje, o consumo aumentou e trouxe consigo vários outros problemas.                     Embora com a proibição, usuários conseguem ter acesso às drogas facilmente sem qualquer controle. A região da Cracolândia em São Paulo, por exemplo, é conhecida pelo uso do crack, droga mais pesada que a maconha, e pela situação degradante dos dependentes. Essa postura acompanhada pelo Brasil não traz resultado na diminuição do uso de drogas e  por conta da sua realidade social, dificulta ainda mais a vida dos classe baixa da população.                      O Brasil teve uma urbanização desorganizada o que acarretou no surgimento de periferias sem acesso a serviços públicos, mal distribui renda e possui baixa escolaridade. Esses fatores são os responsáveis pelo grande aliciamento de jovens em áreas pobres do país. De modo que acabam sendo presos e por consequência fichados, o que dificulta ainda mais a busca por um emprego. Dessa forma, as classes pobres acabam sendo as mais prejudicadas com a ação dessa política.                      Ademais, a proibição do uso da maconha acarreta também em um aumento no uso de drogas mais pesadas. Como o Estado não possui controle sobre qual tipo de droga teve aumento e não consegue identificar os perfis de cada usuário, os traficantes incentivam o uso de drogas que viciam mais rápido e as fornecem de forma gratuita no começo. Sendo assim, a política de drogas brasileiras só serve para financiar facções criminosas e encher presídios de jovens pobres.                          O uso de drogas traz danos para o Estado, mas a proibição não controlou e nem diminui o seu consumo. Logo, o Brasil deve legalizar o uso da maconha e, com isso, começar a tratar usuários dependentes como caso de saúde pública. Deve-se legalizar e criar toda uma estrutura conjunta com o Ministério da Saúde. É necessário, por exemplo, ter o cadastro de todos os usuários e observar o consumo mensal de cada um. O que permitiria o encaminhamento de um possível dependente para consultas médicas e começar o tratamento. Por isso, é preciso que junto com a legalização venha conhecimentos técnicos da área da saúde, criando um conselho sobre o assunto que poderia ser financiamento pelo dinheiro dos impostos vindos da comercialização do produto.