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Enviada em: 15/10/2017

"A diferença entre o antídoto e o veneno está na dose", esta frase do médico e pensador Paracelo traz em seu seio a real dificuldade da legalização da maconha. Quem saberá dizer qual o limite do uso dessa substância e poderá distinguir um potencial consumidor de alguém em tratamento? Seria ingênuo deixar de admitir que os medicamentos trazem malefícios aos seus consumidores; o uso continuado de remédios para ansiedade, por exemplo, o rivotril - um dos medicamentos mais usados no Brasil - além de sua dependência, seu uso contínuo gera diminuição da memória e da concentração. Assim, sua descontinuação deve ser acompanhada por profissional da área, bem como deve haver um rígido controle em sua venda.       Outrora, o nascedouro da medicina veio através de plantas e ervas. O cravo-da-índia era usado como anestésico; a camomila tem efeito calmante e, muitos outros remédios hoje sancionados pela ANVISA tiveram como embasamento substâncias extraídas destas e outras plantas.       Infelizmente, a cultura norte-americana disseminada em nossa sociedade retrata a maconha como algo legal, que propricia apenas prazer. Mas, todos sabemos que a droga é capaz de destruir vidas, como uma epidemia que se dissemina para lesionar e até matar.       Nossa sociedade não está preparada para a legalização da maconha. Pelo contrário, cabe ao Estado, através do Poder Judiciário extirpar esse mal da sociedade; uma ação conjunta entre a Polícia Federal, principalmente nas áreas de fronteira, torna-se indispensável para evitar a entrada e saída de drogas no país e, a Polícia Estadual, com incursões mais elaboradas nas conhecidas bocas-de-fumo, conseguirá ter mais controle sobre este problema. E, ao invés de fomentar a idéia de descriminalização, deve o legislador concatenar as penas com internação para desintoxicação. Assim, com tais medidas, torna-se-á mais límpida a visão da sociedade para o tamanho deste mal, a fim de preservar a dignidade da pessoa humana, objetivo maior de nossa Constituição.