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Enviada em: 17/10/2017

No limiar do século XXI, devido ao crescimento do tráfico de drogas e suas consequências, o Brasil tem buscado alternativas para barrar as organizações criminosas. Entre as sugestões apresentadas por especialistas a legalização da maconha tem se destacado e vem levantando inúmeros debates. Por um lado, um Estado repleto de problemas sociais provocados pelo tráfico. Por outro, a predominante influência conservadora que acredita que a legalização da maconha não trará benefícios.       Mormente, é necessário ressaltar o estado em que os sistemas penitenciários brasileiros se encontram, superlotados, sem condições sanitárias adequadas e com infraestrutura sucateada. Em cima disso, um a cada três presos respondem por tráfico de drogas, como revela dados publicados pelo Ministério de Justiça. Sendo o mercado de drogas o principal responsável pelas crescentes taxas de violência no país,  tendo ele como ele como produto base a maconha, é a mais consumida no Brasil, a legalização dessa droga irá resultar em um desfalque nessas organizações, que já quase configuram um estado dentro de outro estado. Além disso, a legalização da maconha converterá o lucro obtido pelo mercado de drogas em impostos a serem arrecadados pelo Governo Federal.       Entretanto, a grande influência de setores conservadores, como a igreja e as famílias tradicionais, vem representando um obstáculo à ratificação do uso da maconha. No entanto, ao contrário do que muitos desses grupos acreditam a maconha é 144 vezes mais segura que o álcool e apresenta um dos menores riscos de mortalidade, como revela pesquisas realizadas pelo instituto Scientific Reports. Além do mais, o tabaco e álcool, drogas lícitas, devido a, sua elevada taxa de mortalidade representam maiores avarias ao sistema público de saúde quando comparados com a maconha.        Destarte, levando em conta o que foi supracitado, é evidente que a legalização da maconha trará inúmeros benefícios para o país. Sendo assim, faz-se necessário que a Câmara legislativa e o Senado realizem reformas com o intuito de descriminalizar o uso da maconha e regulamentar o comércio impondo restrições, como a proibição da venda para menores de idade e de propagandas. O Ministério da Justiça junto a poder judiciário devem reavaliar os casos julgados por tráfico de drogas, julgando se o acusado oferece ou não risco a sociedade, além disso, o primeiro deve se unir ao Ministério Público Federal e realizar o combate efetivo do narcotráfico do país, que será enfraquecido com a medida, através de fiscalização nas fronteiras e da prisão de líderes do tráfico.