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Enviada em: 14/02/2018

Um dos temas mais polêmicos da atualidade, a maconha, é a droga mais consumida no mundo. A sua legalização já ocorreu em alguns países como Portugal, Uruguai e Estados Unidos, e muito se tem discutido sobre a possibilidade disso ocorrer no Brasil. A análise dos pontos positivos nos locais que já aderiram são atraentes: desde a economia à saúde.       Nesse contexto, estima-se que com a legalização no Brasil a arrecadação de impostos advindos do comércio da maconha poderia girar em torno dos R$6 bilhões, sem contar na economia do governo de aproximadamente R$1 bilhão com prisões relacionadas ao tráfico da droga. Analisando um caso já existente, no ano de 2016 os Estados Unidos arrecadaram cerca de U$7,1 bilhões e o mercado da maconha legal foi avaliado em um total de U$14 bilhões, mostrando-se bastante promissor. Além disso, o uso de maconha recreativa/para fins medicinais se tornou mais seguro a partir do momento em que passou a existir um controle e uma fiscalização do produto oferecido aos consumidores americanos.        Também muito se especula sobre um possível aumento do consumo após a legalização, mas em Portugal, que descriminalizou o uso de todas as drogas em julho de 2001, encontramos as menores taxas de uso por jovens em toda a Europa. Lá os problemas de drogas deixaram de ser considerados questões de segurança e agora estão relacionados à saúde pública, e é por isso que hoje, o país se mostra muito avançado em relação ao combate aos narcóticos e ao narcotráfico, oferecendo ao invés de penalidades, tratamentos e melhorias na qualidade de vida da população dependente.        Estudos realizados por diversas faculdades renomadas como por exemplo Harvard, descobriram diversos benefícios da maconha para a saúde, dentre eles, experimentos com ratos de laboratório concluíram que o THC - substância química da maconha - pode frear o crescimento de tumores e aliviar as dores relacionados ao tratamento do câncer, quimioterapia e radioterapia. Acredita-se também que o uso da erva pode aliviar os sintomas do Mal de Parkinson - doença que gera tremores nos afetados.       Sobretudo, é importante salientar que o consumo vai existir independentemente de ser legalizado porém, a criminalização traz riscos aos consumidores que vão continuar usando um produto desconhecido que muitas vezes é misturado com outros componentes nocivos à saúde - processo feito por traficantes com objetivo de baratear o produto - e vão continuar alimentando o tráfico, portanto, isso deve ser uma preocupação do Governo que, por meio de debates e estudos, deve analisar a melhor forma de gradativamente legalizar a maconha no Brasil, conscientizando a população dos malefícios e benefícios da droga e garantir uma segurança à população no que diz respeito tanto à qualidade e ao uso do produto, quanto à criminalidade.