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Enviada em: 15/05/2018

É possível afirmar que o número de pessoas viciadas em celulares e computadores no Brasil vem aumentando de forma alarmante. Entre os fatores relacionados a esse fenômeno, destacam-se: as consequências e as doenças relacionadas ao uso indevido das tecnologias. Nesse sentido, convém analisarmos as principais consequências desse fenômeno para a sociedade brasileira.         Relativo às consequências do uso indevido das tecnologias, entre outros fatores, destacam-se: a diminuição do rendimento escolar decorrente do desvio de atenção, a perda de foco no trabalho, a falta de diálogo entre pais e irmãos e o isolamento do meio familiar. Um estudo da Unifesp feito em 2014 pela psicóloga Fernanda Davidoff com 264 estudantes paulistanos dá uma ideia do nível de abuso. A pesquisa revelou que 65% deles dormem pouco para continuar logados, 51% acessam a internet enquanto almoçam ou jantam e 33% usam os dispositivos até no banheiro. As redes sociais como "Facebook" e os aplicativos como "WhatsApp" são os mais utilizados atualmente. É inadmissível que a população não tenha consciência das inúmeras consequências que o uso inadequado das tecnologias têm causado aos brasileiros.        Além disso, algumas doenças estão relacionadas ao vício da tecnológico, tais como: problemas de postura, desvios na coluna por ficarem muito tempo sentados na mesma posição, aumento de peso devido ao sedentarismo, depressão, fobia social e ansiedade que estão relacionadas ao isolamento. Infelizmente, as famílias não possuem mais um momento de descontração, de dialogo no jantar à mesa, por exemplo, até para comer as pessoas estão com os celulares em mãos. Parafraseando o físico Albert Einstein: "Tornou-se chocantemente óbvio que a nossa tecnologia excedeu a nossa humanidade". Isso nos permite refletir o quanto a nação está perdendo o contato humano, o dialogo cara à cara e modificando a forma de socialização, tornando-se refém das inovações tecnológicas.        O governo, portanto, deve através do Ministério da Saúde, em parceria com as prefeituras, fornecer atendimento psicológico e psiquiátrico aos viciados, por meio de palestras e formação de grupos de apoio, com encontros semanais nos CAPS (Centros de Apoio Psicossocial) das cidades, a fim de orientar e ajudar os viciados nessa caminhada para a desintoxicação, no sentido de diminuir essa terrível estatística do uso inadequado dos meios tecnológicos e consequentemente as doenças decorrentes desse mal que acomete tantas pessoas no Brasil.