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Enviada em: 05/07/2018

“O mundo na palma da sua mão.” Talvez nenhuma outra frase seja capaz de sintetizar melhor o que, de fato, representa a internet. Para a atual geração de jovens – que anseia por viver intensamente cada segundo – essa ferramenta não poderia ser mais útil. Entretanto, o uso desses aparelhos por este segmento da população tornou-se tão expressivo que colocou em risco o processo de formação da personalidade adulta bem como a convivência familiar.    As novas tecnologias de hoje são excelentes, porque melhoram a vida das pessoas. O problema surge em um uso negativo, ao qual as pessoas mais jovens são mais vulneráveis, já que estão no meio do processo de formação de sua personalidade adulta, e porque, para os adolescentes dessa geração, o mundo virtual é tão real quanto os relacionamentos físicos face a face. As tecnologias de comunicação atual oferecem a esses jovens a possibilidade de se perderem em um mundo de fantasias para fugir da monotonia do cotidiano. Isso cria um paradoxo: através das redes sociais e da internet em geral, os adolescentes não se apresentam como realmente são; em vez disso, eles projetam uma imagem artificial de si mesmos, o que reflete baixa autoestima. Diante disso, as mudanças físicas e psicológicas que os adolescentes experimentam podem deixá-los emocionalmente inseguros. Consequentemente, às vezes os adolescentes podem procurar na tecnologia a segurança que eles não conseguem encontrar em si mesmos.     Além disso, o ambiente familiar também influencia os hábitos adquiridos e que se manifestam durante a juventude. Em alguns casos, um vício em tecnologia pode ser causado por um problema preexistente, como, por exemplo, a solidão e a falta de amigos pode levar um jovem a se refugiar na tecnologia. Em defesa dessa assertiva, cabe citar um fenômeno criado no Japão que se chamou “hikikomori”. Isso se refere aos mais de dois milhões de casos relatados de adolescentes que se fecharam em seus quartos e, entre outras coisas, só interagiram através da internet. “Hikikomori”, literalmente, significa “isolado em casa” e refere-se a uma forma de isolamento social caracterizada pela rejeição.      É evidente, portanto, que não podemos ignorar os impactos de se querer ter o mundo nas mãos, por isso, medidas devem ser tomadas. Primeiramente, é papel da escola procurar destacar o uso inteligente desse recurso, por meio de palestras elucidativas e depoimentos de pessoas envolvidas com o tema, para que a sociedade, em especial os jovens, não seja complacente com a cultura da alienação virtual. Por fim, ao Ministério da Saúde, cabe disponibilizar psicólogos – em redes públicas de saúde – para que os jovens que sofram com os problemas apresentados acima tenham um acompanhamento. .especializado. Com isso, será possível mudar os hábitos e ter uma vida mais dinâmica e saudável.