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Enviada em: 13/07/2018

"Quando certa manhã Gregor Samsa acordou de sonhos intranquilos, encontrou-se metamorfoseado num inseto monstruoso". De modo análogo à obra "A Metamorfose", de Franz Kafka, milhões de brasileiros, pelo assíduo uso de computadores e smartphones, vêm perdendo uma das preponderantes essências humanas: a sociabilização. Nesse prisma, é crucial colocarmos uma lupa sobre a questão do vício em tecnologia, mirando ações afirmativas que visem aplacar essa mazela.       Em primeira instância, é imperioso nos debruçarmos sobre os matizes históricos da mecanização contemporânea. Sob tal perspectiva, a Revolução Industrial, ocorrida no século XVIII, alterou o rumo das condições sociais, tornando, cada vez mais, os cidadãos dependentes do uso das máquinas, seja como método de entretenimento, seja como ferramenta de trabalho. Acresce-se a invenção do automóvel, que - também no século XVIII -  transfigurou as concepções humanas no que diz respeito à mobilidade, corroborando, portanto, a perpetuação das atuais condições de sedentarismo no Brasil e no mundo. Logo, torna-se imprescindível uma minuciosa análise dos indivíduos acerca da possível atual dependência pela tecnologia.    Outrossim, a difusão da internet condiciona, similarmente, a obsessão pelos instrumentos mecanizados. Nesse viés, cabe salientar o fato de que o universo cibernético, por conta de seus atalhos profissionais e funções de entretenimento, vem sugando a vida dos cidadãos da nação verde e amarela, rompendo os laços afetivos que, antes, firmavam suas condições sociais. Ademais, é válido comparar a situação de um submisso tecnológico com a de um adepto pelas drogas, haja vista que, assim como o dependente químico idolatra os entorpecentes, os modernos civilizados subordinam-se ao mundo cibernético. Por conseguinte, faz-se contundente a propagação de ideais a respeito dos perigos da internet no solo tupiniquim.       Infere-se que, indubitavelmente, a dependência tecnológica vem tornando-se realidade na pátria amada. Destarte, é ponderável que o Ministério da Educação, em face das escolas públicas e privadas, instigue seus alunos, por meio de aulas teóricas de informática, a administrarem, adequadamente, o tempo gasto com a usufruição de aparelhos como a televisão, o computador e o celular. Para mais, o Ministério Público deve, por meio de incentivos monetários, estimular a evolução dos grupos escoteiros brasileiros, que - expondo a natureza da vida humana - contribuem com a rotina de muitos jovens, oferecendo, a eles, opções melhores à navegação constante pela internet. Somete sob tais ópticas, nossos compatriotas, em um futuro próximo, equilibrarão suas agendas, deixando de desperdiçar seus horários, apenas, com a virtualidade.