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Enviada em: 27/10/2018

A Revolução Industrial promoveu mudanças na estrutura das relações entre o homem e as máquinas. Essa proporcionou a tecnologia que, com os avanços ao longo dos anos, tornou o indivíduo mais dependente das inovações tecnológicas. Outrossim, tais processos são frutos da intensificação e consolidação do capitalismo por todo o mundo. Dessa maneira, para compreender o tema, questões como a vulnerabilidade das pessoas e o lucro adquirido por meio dos produtos devem ser destacadas.      A priori, uma análise sobre a vulnerabilidade dos indivíduos se faz necessária. Com os avanços do capitalismo, a tecnologia tem apresentado cada vez mais inovações, fazendo com que a contemporaneidade seja marcada pela rapidez. Como resultado, cria-se uma modernidade líquida. Isto é, como já teorizado pelo sociólogo Zymunt Bauman, as relações estão cada vez mais frágeis. Tal fato faz com que as pessoas se sintam mais apegadas às máquinas, à medida que por meio delas a carência causada pela individualidade é sanada. A exemplo disso, o crescente vício em redes sociais como facebook, instagram e twitter, aonde relacionamentos são construídos virtualmente. Dessa foma, o capitalismo torna os componentes do corpo social mais vulneráveis e consequentemente mais dependentes das máquinas.      Outro fator a ser averiguado é o lucro adquirido através da venda de aparelhos. De acordo com Nicolau Maquiavel, ''os homens perpetuam seus atos através de seus interesses''. Sob esse viés, os donos dos meios de produção, despreocupados com a fragilidade emocional da sociedade, desenvolvem mais produtos que preenchão o vazio presente nas pessoas, visando apenas o a quantia recebida por meio disso. Esse lucro é recebido por meio da obsolescência programada, ou seja, as máquinas são programadas para dar defeitos. A exemplo disso, celulares e computadores que duravam quinze anos, na atualidade duram cinco anos. Dessa forma, cria-se um ciclo em que os proprietários dos meios de produção são privilegiados em detrimento da população. Portanto, o lucro é um fomentador da problemática, necessitando de uma intervenção estatal.     Diante dos fatos supracitados, o capitalismo é fator determinante para a dependência da humanidade em máquinas. Logo, cabe ao Ministério da Educação promover nas escolas oficinas e palestras para crianças e adolescentes incentivando a diminuição do uso de aparelhos eletrônicos e estimulando a conversa presencial, mostrando as vantagens contato, a fim de que as próximas gerações consigam sobreviver a liquidez. Ademais, o Governo Federal deve realizar parcerias público-privadas para empresas que produzam artefatos duradouros, visando diminuir a compra intensiva. Dessa forma, a independência das máquinas não será utopia no Brasil.